Nesta terça-feira (21), o Banco Central divulgou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), referente a reunião da última quarta-feira (15), quando o colegiado elevou a taxa básica de juros Selic em 0,5 p.p., a 13,25%.
No documento, a autoridade monetária admitiu as dificuldades de convergir a inflação ao centro da meta, mesmo com a prorrogação do ciclo de alta dos juros.
Para 2023, o BC estipulou como meta uma inflação de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Agora, o relatório aponta que o Banco Central trabalha com a ideia de “trazer a inflação projetada em 4,0% para o redor da meta no horizonte relevante”.
“O Comitê avalia, com base nas projeções utilizadas e seu balanço de riscos, que a estratégia requerida para trazer a inflação projetada em 4,0% para o redor da meta no horizonte relevante conjuga, de um lado, taxa de juros terminal acima da utilizada no cenário de referência e, de outro, manutenção da taxa de juros em território significativamente contracionista por um período mais prolongado que o utilizado no cenário de referência”, afirma o Comitê.
“Dessa forma, a estratégia de convergência para o redor da meta exige uma taxa de juros mais contracionista do que o utilizado no cenário de referência por todo o horizonte relevante”, conclui.
O Banco Central estima que a Selic encerre o ano de 2022 a 13,25% a.a.. 10,0% em 2023 e 7,50% em 2024.
E ainda projetam que o câmbio a US$ 1 venha a equivaler a R$ 4,902 e o barril de petróleo no patamar de US$ 110 ao fim de 2022, com uma bandeira tarifária amarela nas contas de luz em dezembro de 2022, de 2023 e de 2024.