O desempenho econômico do microempreendedor e do profissional autônomo teve mais um mês de melhora em novembro. Esse foi o segundo mês consecutivo em que o Índice SumUp do Microempreendedor (ISM) aponta que, mesmo timidamente, os pequenos negócios conseguem aproveitar as celebrações de final de ano para aumentarem suas vendas.
Em novembro, a atividade econômica dessa parcela da população cresceu 5,38% em comparação a outubro, e atingiu 80,23 pontos. Essa foi uma boa notícia para o Brasil, uma vez que os micro e pequenos empreendimentos são fonte de renda para mais de 24,5 milhões de pessoas, segundo último levantamento do IBGE, e essenciais para a recuperação da economia nacional.
Por outro lado, em comparação a novembro de 2020, o desempenho econômico dos microempreendedores continua abaixo do ideal e piorou 14,83% – o que mostra que a situação deste público se encontra aquém do ideal.
“Quando comparamos o ISM de novembro com o mesmo período do ano passado, vemos que os microempreendedores ainda estão enfrentando dificuldades. Contudo, o crescimento consecutivo do ISM sinaliza um respiro para esse público, bem como a perspectiva de um 2022 melhor”, comenta Carlos Grieco, diretor de meios de pagamento da SumUp.
Renan Pieri, professor da Fundação Getúlio Vargas e um dos responsáveis por formular o índice, aponta a Black Friday e a proximidade das festas de final de ano como principais aliadas para a melhora no ISM.
“As datas comemorativas aquecem o mercado e fazem com que mais pessoas sejam empregadas pelo varejo. Com isso, aumenta o capital que circula na economia e, consequentemente, as vendas dos pequenos empreendedores e prestadores de serviços também avançam”.
Já a queda em relação a novembro do ano passado está relacionada à inflação, segundo Pieri.
“A alta dos preços e a queda do poder de compra da população sinalizam que os números do varejo em 2021 devem ser piores que os do ano passado. Enquanto não conseguirmos estabilizar a inflação e fazer o dinheiro das pessoas ‘valer mais’, os microempreendedores e autônomos enfrentarão dificuldades”, finaliza.
Com informações de Hill + Knowlton Brasil.