Na manhã desta quinta-feira (9), um avião de pequeno porte caiu em uma praia de Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo. O incidente ocorreu próximo ao aeroporto municipal, no centro da cidade. O piloto, preso às ferragens, não resistiu aos ferimentos, como foi confirmado pela prefeitura.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a aeronave, que, já em solo, atravessou uma avenida e foi em direção ao mar na Praia do Itaguá.
No momento da queda, havia moradores e turistas na região.
Situação das vítimas
Até o momento, as autoridades informam que quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, foram resgatadas com vida.
Pelas informações divulgadas por veículos de imprensa como g1 e GloboNews, trata-se de uma família formada pelo pai, mãe e os dois filhos.
O voo saiu da cidade de Mineiros, em Goiás (GO).
Segundo informado pela Prefeitura Municipal de Ubatuba, há informações de oito vítimas, 5 na aeronave (3 adultos e duas crianças – dentre eles, o piloto foi a vítima fatal) e três pessoas que passavam na pista de skate.
Por volta de 11:45, o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, por meio de uma entrevista da capitã Karoline Magalhães à GloboNews, confirmou seis vítimas: o piloto, que foi a vítima fatal, e outras cinco – uma que estava na praça junto à praia e as quatro presentes na aeronave.
O piloto faleceu por parada cardiorrespiratória, porém, não há confirmações sobre a motivação.
Segundo informado pela Santa Casa, há cinco vítimas no hospital (3 adultos e duas crianças). Às 12h32, elas estavam estáveis e em observação.
A prefeita de Ubatuba, Flávia Pascoal, informou à CNN Brasil que uma das vítimas passa por uma cirurgia de emergência. Além disso, em conversa com o governo do Estado de São Paulo, as crianças serão transferidas para Caraguatatuba (SP).
Acidente em Ubatuba
De acordo com o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), a aeronave sofreu uma “excursão de pista“, termo utilizado quando o avião ultrapassa os limites da superfície da pista durante o pouso ou decolagem.
A aeronave que explodiu foi um Cessna 525, fabricado em 2008 e registrada sob a matrícula PR-GFS. O modelo conta com duas caixas pretas, o que pode facilitar as investigações.
Com capacidade para sete passageiros e dois pilotos, o avião estava registrado como “aeronavegável” no sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
No entanto, sua operação para táxi aéreo estava negada, o que pode levar a investigações adicionais sobre o cumprimento de normas.
Roberto Peterka, especialista em aviação em entrevista ao GloboNews, ao comentar sobre o uso dos aviões de pequeno porte diz que é mais proveitoso para os executivos, pela facilidade que o avião comercial não proporciona.
Ele ainda afirma que “todo avião é seguro”. O especialista destaca que as aeronaves passam por uma série de aprovações e cabe as empresas preservar a segurança desse avião.
Matéria em constante atualização, conforme novas informações.