Sujeitos a certas condições, a Azul (AZUL4) informou aos seus acionistas, investidores e ao mercado em geral que os acordos da reestruturação das obrigações com certos arrendadores e fabricantes contempla:
- – (i) a eliminação das obrigações de pagamento de arrendamento que haviam sido anteriormente diferidas durante a pandemia da COVID-19;
- – (ii) a redução permanente nos pagamentos contratuais de arrendamento, para novas taxas acordadas de mercado;
- – (iii) o diferimento de determinados pagamentos a arrendadores e fabricantes, bem como obrigações contratuais com fornecedores; e
- – (iv) outras concessões, inclusive reduções nas obrigações de final de contrato de arrendamento e condições de devolução de aeronaves, eliminação de pagamentos de reservas de manutenção futuras e rescisão antecipada de determinados arrendamentos de aeronaves.
Em conexão com esse plano de reestruturação, de maneira geral, arrendadores e fabricantes concordaram em receber um título de dívida sem garantia, de vencimento em 2030 com um cupom de 7,5% ao ano, e um instrumento conversível em ações preferencias no valor de R$ 36,00 por ação.
As ações estão sujeitas a um período de carência até o segundo semestre de 2024 e serão conversíveis em quatorze parcelas trimestrais, a começar no final do período de carência e com o término no segundo semestre de 2027.
Os acionistas da Azul terão a oportunidade para participar do instrumento conversível de acordo com sua participação na companhia.
O instrumento proposto de ações dos arrendadores e fabricantes possui um limite de valor máximo e mínimo, com o objetivo de minimizar a diluição para os acionistas da Azul e ao mesmo tempo proporcionar recuperação total para os parceiros.
A diluição decorrente do instrumento foi estimada em 17,5%.
Ao longo do período de conversão, se entre o segundo semestre de 2024 e o segundo semestre de 2027 o preço de mercado das ações preferenciais da Azul estiver abaixo de R$ 36,00 no momento da medição, a Azul vai poder compensar a diferença com a emissão de ações preferenciais adicionais, ou por meio de liquidação em dinheiro, ou por meio de um novo instrumento de dívidas.
Se o preço de mercado das ações preferenciais for superior a certos limites, o número de ações a serem convertidas será reduzido e, portanto, a diluição vai ser menor.
A Azul estima que a reestruturação descrita pode reduzir os pagamentos de arrendamento daqui para frente em aproximadamente R$ 5,4 bilhões.
Em outra frente, Fidelity Management and Research Company LLC aumentou sua participação em papéis preferenciais da Azul (AZUL4), e passou a deter um total de 17.419.346 ações PN, equivalentes a 5,19% do capital social total.