Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com – Em fato relevante distribuído na sexta-feira (3), a Azul anunciou a venda de 6% de sua participação indireta na TAP para o governo português, por aproximadamente R$ 65 milhões.
Às 13h30, os papéis da Azul (SA:AZUL4) eram negociados com baixa de 0,34% a R$ 20,69, indo na contramão do Ibovespa hoje. O principal índice acionário brasileiro subia 0,19% a 96.420 pontos.
O acordo determina ainda a eliminação do direito de conversão dos bônus seniores detidos pela Companhia de 90 milhões de euros com vencimento em 2026. Todas as demais condições de bônus seniores, no entanto, serão mantidas, incluindo o status de credor sênior, taxa de juros anual de 7,5% e o direito à constituição das garantias previstas nos respectivos termos e condições, como o programa de fidelidade da TAP.
O acordo permite uma injeção de capital vital na TAP pelo governo português e protege o investimento da Azul na companhia aérea. “Como muitas outras companhias aéreas em todo o mundo, a TAP foi severamente impactada pela crise da pandemia de Covid-19. Com a ajuda fornecida pelo governo português, seremos capazes de garantir a continuação da TAP, e também manter a integridade de nosso investimento”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.
Fato relevante confirma informação do governo português
O governo português havia anunciado na quinta-feira (2) que selou acordo final com acionistas privados da companhia aérea TAP com o Estado passando a deter participação de controle sem renacionalizar a empresa.
O ministro das Finanças, João Leão, disse que o Estado aumentará sua participação na TAP de 50% para 72,5%.
“De forma a evitar o colapso da empresa, o Estado optou por chegar a acordo com os acionistas privados para comprar parte da participação deles e ficar com 72,5% da TAP, conseguindo o controle”, disse Leão, a jornalistas.
A aquisição dos 22,5% custou 55 milhões de euros (ME), afirmou o ministro.
O ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos disse: “felizmente evitamos assim a nacionalização da TAP”.
–Com participação da Reuters