O presidente da bolsa B3 está otimista com o crescimento do número de investidores em ações e a perspectiva de desenvolvimento do mercado. Depois de dobrar o número de investidores cadastrados, para perto de 1 milhão de pessoas físicas até março, número que deve ser atingido em breve, a tendência é de continuidade de crescimento, com novos fundos com cotas negociadas em bolsa, os ETFs, e mais empresas abrindo capital em ofertas públicas, os chamados IPOs, afirma Gilson Finkelsztain, presidente da B3. A aprovação da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ontem e a melhor expectativa para o país e para o mercado reforçam esse ambiente favorável.
A animação do executivo pode ser melhor avaliada a partir de um estudo feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e pela Ernst Young e apresentado no 10° Congresso de Fundos de Investimento. O estudo projeta uma mudança no perfil dos investimentos no país com a manutenção dos juros baixos. A parcela em ações no total de R$ 10 trilhões em ativos dos mercados brasileiros passaria de 30% para 40% até 2030. Isso representaria um aumento de 10% ou R$ 1 trilhão a mais investidos em ações nos próximos 11 anos, a maior parte saindo de renda fixa. Assim, até R$ 50 bilhões por ano poderiam ir para a bolsa, acredita Finkelsztain.
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Com esse cenário, o mercado está se movimentando. Na semana que vem termina o prazo para reserva do ETF de renda fixa do Tesouro Nacional em parceria com o Itaú Unibanco. O lançamento oficial do ETF será em 20 de maio. E está em preparação mais um ETF de Índice Bovespa, voltado para pessoas físicas, organizado pelo Bradesco. O Itaú, por sua vez, aguarda apenas o lançamento do ETF do Tesouro, lastreado em títulos públicos corrigidos pela inflação, para preparar outros ETFs de renda fixa lastreados em outros referenciais, como mercado futuro de DI ou outros títulos.
Já os IPOs, que costumam atrair pessoas físicas, podem ganhar força, com a alta do preço das ações levando mais empresas a abrir seu capital. Finkelsztain diz que há uma fila de 30 empresas estudando lançar ações no mercado. “Com a bolsa a 100 mil pontos já há um estímulo, mas a 120 mil pode ser melhor ainda”, diz, numa referência às estimativas de analistas para o Ibovespa caso o país aprove a reforma da Previdência. Ele acha que nem todos os 30 IPOs em estudo saem este ano. “Mas talvez em um ano e meio é possível”.
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