Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 9 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. IPP dos EUA em foco após inflação chinesa cair pela primeira vez em 3 anos
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgará seu índice de preços ao produtor (PPI) em julho às 9h30, com os investidores interessados em saber se o ritmo da inflação continua fraco.
Durante a noite, os preços de custo das fábricas da China encolheu pela primeira vez em três anos em julho, aumentando a pressão para que Pequim aumentasse o estímulo econômico em meio à guerra comercial em curso com Washington.
Os indicadores de crescimento mostraram uma leitura mista, já que a economia do Reino Unido registrou contração de 0,2% no segundo trimestre, seu pior desempenho desde 2012.
Ao contrário, o produto interno bruto do Japão registrou um crescimento muito mais forte do que o esperado no segundo trimestre, registrando o melhor primeiro semestre em dois anos.
No entanto, os analistas alertaram que os dados fizeram pouco para impulsionar o otimismo sobre as exportações do país em face das tensões comerciais e um aumento fiscal pendente.
2. Futuros dos EUA caem com renovação de disputa com Huawei
Os futuros dos EUA apontaram para uma abertura em baixa, já que os mercados permaneceram cautelosos diante do atual impasse comercial entre Washington e Pequim.
A Bloomberg informou durante a noite que os EUA estão impedindo que as empresas americanas usem os produtos da Huawei.
A notícia faz parte da atual batalha comercial entre os dois países e vem depois que a China suspendeu a importação de produtos agrícolas, enquanto os EUA declararam oficialmente o país asiático como um manipulador de moeda.
Dando algum apoio ao setor de tecnologia, a fabricante de chips Broadcom (NASDAQ:AVGO) anunciou que comprará uma unidade de segurança corporativa da Symantec (NASDAQ:SYMC) por US$ 10,7 bilhões.
3. Uber (NYSE:UBER) decepciona com balanço fraco
As ações da Uber (NYSE:UBER) caíram cerca de 8% no pre-market depois que a empresa registrou prejuízo de US$ 5,2 bilhões, muito pior do que o consenso.
Embora a empresa tenha concordado com a rival Lyft (NASDAQ:NASDAQ:LYFT) de que a guerra de preços nos EUA está diminuindo, o crescimento de seu negócio principal de vendas foi mais lento.
A temporada de balanços esta chegando ao fim, com 451 das empresas do S&P 500já tendo reportado até a quinta-feira.
73% dessas empresas superaram as expectativas de lucro em crescimento de 4,2%, enquanto 59% bateram em crescimento de vendas de 5,4%, de acordo com o The Earnings Scout. Esses analistas calcularam que a nova estimativa de crescimento combinada para o segundo trimestre é de 3,3%, confirmando que não há recessão nos lucros.
4. Questões eleitorais europeias pesam no sentimento
As ações italianas lideraram o declínio na Europa depois que o vice-primeiro-ministro do país, Matteo Salvini, pediu novas eleições que ponham fim à coalizão de seu partido na Liga com o Movimento das Cinco Estrelas.
Os bancos italianos caíam para o menor patamar em mais de um ano, enquanto o rendimento do bônus do tesouro italiano de 10 anos saltava acima de 1,8%, empurrando sua margem em relação ao fundo alemão, que é considerado porto-seguro, para mais de 200 pontos-base.
Os temores eleitorais também estão altos no Reino Unido, enquanto o país continua lutando para chegar a um acordo sobre sua saída da União Europeia, marcada para 31 de outubro.
Analistas disseram que a contração no segundo trimestre preparou o cenário para uma recessão quando os dados do terceiro trimestre forem divulgados em novembro, o que, por sua vez, poderá levar a eleições antecipadas. Relatos já haviam aparecido na quinta-feira de que o primeiro-ministro Boris Johnson estava potencialmente planejando uma eleição geral no início de novembro, dias após o Brexit programado para o país.
5. O petróleo em alta apesar do relatório da IEA mostrar demanda fraca
O petróleo era negociado em alta, apoiado por contínuas especulações de que a Arábia Saudita trabalhará com outros fornecedores para reduzir ainda mais a oferta em face da queda de preços, apesar de uma perspectiva sombria do relatório mensal da Agência Internacional de Energia, (IEA, na sigla em inglês).
A IEA novamente cortou sua previsão de demanda com base em perspectivas mais fracas para a economia global.
A agência indicou que a demanda em 2019, até o momento, cresceu em seu ritmo mais lento desde 2008.
A Reuters contribuiu para esta matéria