Nesta quarta-feira, 1º de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou mais um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.)na taxa básica de juros (Selic), de 12,75% para 12,25% ao ano.
Esta é a terceira queda consecutiva na taxa após três anos de sucessivas altas.
No comunicado, o Comitê afirmou que entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025.
"Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", pontua a autarquia.
Além disso, o BC informou que o processo de desinflação mais lento, somado a um cenário global desafiador, demandam serenidade e moderação na condução da política monetária.
"O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", diz o comunicado.
Se confirmadas as projeções, o Copom antevê novas quedas da mesma magnitude, de 0,50 p.p.
Análise
Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, afirma que a trajetória de queda na taxa de juros não deve mudar, mas, com um cenário favorável, pode haver uma aceleração da magnitude de cortes em 2024. A Empiricus espera que a taxa encerre 2023 em 11,75% ao ano, projetando mais uma redução de 0,5 em dezembro.
O analista também alerta para o risco de não haver uma desaceleração na economia norte-americana, somada a taxas de juros pressionadas, no cenário externo. Trazendo para o cenário doméstico, Spiess destaca o momento fiscal brasileiro, fator que também pode impactar a trajetória de reduções.