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Banco Central considera limite de 12 parcelas sem juros no cartão de crédito

Medida visa baixar custo do rotativo, e foi sugerida por Roberto Campos Neto

- Foto: Tima Miroshnichenko
- Foto: Tima Miroshnichenko

O Banco Central (BC) colocou em negociação com o setor privado, na última segunda-feira (16), uma proposta para limitar a 12 o número de parcelas sem juros em compras no cartão de crédito, tentando estabelecer um teto para a tarifa cobrada no uso das “maquininhas” – o que, por sua vez, auxiliaria na tentativa de baixar os juros do crédito rotativo. A informação foi apurada pela agência Reuters, que entrevistou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci.

Quem apresentou a ideia foi o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em conversa com entidades representantes de instituições financeiras e do comércio, em busca de um acordo entre os setores, conforme apontou Solmucci.

A ideia foi apresentada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em reunião nesta segunda-feira (16) com entidades representantes de instituições financeiras e do comércio, em busca de um acordo entre os setores, segundo Solmucci, que participou do encontro. Procurado, o BC não comentou.

Também foi mencionada uma possibilidade de criação de uma tarifa sobre o parcelamento sem juros no cartão de crédito – o que poderia desincentivar o uso da modalidade, e já havia sido apresentada por Campos Neto em evento público.

Neste mês de outubro, foi votada no congresso uma lei que estabeleceu 90 dias para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) crie um limite para os juros do rotativo do cartão. A taxa média cobrada na modalidade está em 445,7% ao ano. Se uma solução não for encontrada durante o prazo, a lei define que a taxa não pode exceder o valor original da dívida, que representa juros totais de 100%.

Entre os setores, tem sido gerado atrito pelo debate. Enquanto os bancos alegam que os juros altos vêm do risco de crédito elevado, lojistas afirmam que o parcelado sem juros não é a causa do problema e sustenta o comércio do país.