Nesta quarta-feira, 02 de agosto, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central decide sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O mercado, de forma geral, espera uma redução de 25 bps na taxa, que está em 13,75% ao ano e passaria a ser de 13,50 a.a.
O BC não realiza reduções na taxa desde agosto de 2020. Desde então, a autarquia passeou entre elevar e manter a Selic, levando ao patamar atual.
Para o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, em reuniões anteriores, não havia condições suficientes para que o BC começasse a cortar a taxa de juros.
"Ao longo dos últimos meses, algumas incertezas foram dissipadas e a inflação deu sinais de arrefecimento. Atualmente, o cenário inflacionário é benigno para uma mudança na política monetária", explica Sung.
O IPCA (inflação) de junho e o IPCA-15 de julho registraram altas de 3,16% e 3,19% no acumulado de 12 meses, respectivamente. A média dos núcleos se encontram em 6,0% e 5,5%. Há um ano, estes mesmos dados se encontravam próximos ou acima de 8,0%, segundo a Suno Research.
Corte de 50 bps?
Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Rena, não descarta um corte ainda mais relevante, de 50 bps, na taxa Selic.
"Consideramos que há espaço para o início do ciclo de relaxamento monetário, tendo em vista principalmente o recuo das expectativas de inflação e a continuidade do processo de desaceleração dos núcleos", afirma.
Apesar desta possibilidade, o estrategista ainda afirma que as chances são maiores para o corte de 25 bps.
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