Por Gabriel Codas
Investing.com – O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) divulgou nesta quinta-feira (6) a atualização de sua carteira recomendada de Fundos Imobiliários para fevereiro, com oito ativos e com exposição aos setores de escritórios, logística, shoppings e recebíveis imobiliários. Portanto, neste mês, saem os fundos KNRI11, HGCR11 e RBRR11, para dar lugar ao FII de escritórios BRCR11, ao FOF HFOF11 e ao UBSR11.
Em janeiro, as recomendações do banco tiveram perdas de 5,53%, contra resultado também negativo de 3,76% do Ifix. O melhor retorno ficou para o FII UBS (BR), com ganhos de 1,1% e o pior para FII XP Log, que perdeu 10,8%.
Os analistas explicam que, diante de uma série de notícias negativas que impactaram os mercados em janeiro, como tensões geopolíticas entre EUA e Irã e desdobramentos do coronavírus, foi registrado um movimento forte de volatilidade tomando conta das bolsas do mundo todo, e o Ibovespa encerrou o mês com queda de 1,6%.
Com relação ao Ifix, o cenário não foi diferente, porém a queda acabou sendo mais forte (-3,8%), pois o mercado aproveitou as altas recentes para efetuar um movimento de realização.
As perspectivas positivas para a economia doméstica, acompanhadas pelas sucessivas quedas na taxa de juros, têm impulsionado a migração dos investidores para produtos de maior risco ao longo dos últimos meses, elevando os preços dos ativos.
Em termos de valuation, o BB-BI observa que alguns FIIs começaram a ficar caros, com múltiplos de Preço sobre Valor Patrimonial superiores a 1,3x. Assim, eles entendem como natural esse movimento de queda, com investidores ajustando posições, dado que os fundamentos para o mercado imobiliário como um todo no Brasil continuam positivos.
Aproveitando esse movimento, o BB-BI optou por realizar algumas trocas de papéis na carteira, buscando manter sua atratividade e visando obter maiores retorno. Os analistas ressaltam que os três fundos que deixaram a carteira continuam atrativos do ponto de vista de fundamentos e gestão, porém a avaliação de múltiplos, em conjunto com o dividend yield dos últimos 12 meses, trouxe melhores opções.
De acordo com o último relatório de mercado publicado pela B3, o número de ofertas públicas ICVM 400 de fundos imobiliários em 2019 somou 67, versus 40 ofertas no ano inteiro de 2018, com volume movimentado de R$ 21,43 bilhões. Com relação à quantidade de FIIs, 2019 fechou com 220 fundos negociados na B3.
Composição: BC Fund (SA:BRCR11), Hedge Top FOFII 3 (SA:HFOF11),GGR Copevi Renda (SA:GGRC11), XP Log (SA:XPLG11), Banestes Recebíveis Imobiliários (SA:BCRI11), UBS (BR) Recebíveis (SA:UBSR11), CSHG Brasil Shopping (SA:HGBS11) e Vinci Shopping Centers. (SA:VISC11).