As perspectivas de consumo na Black Friday deste ano tem sido colocadas lá em cima pelo mercado. O cenário animador foi ainda mais intensificado por uma pesquisa da Meliuz, onde indica que 95% dos entrevistados estão dispostos a fazer compras nesse período de promoções.
Cerca de 32% deles afirmam disponibilidade para gastar mais de R$ 1.000. As categorias de destaque são as que dominam o evento tradicionalmente, como eletrônicos (49%) e eletrodomésticos (45%), além de vestuário (31%), calçados (28%) e cosméticos (22%).
Na pesquisa feita pela MField, 76% das pessoas ouvidas dizem ter intenção de fazer compras no evento. Porém, para os entrevistados, o desafio está no poder de compra, com 42% dizendo que estão passando por um período difícil economicamente, mas com a pretensão de aproveitar as ofertas.
Em relação às categorias, esse levantamento indica moda como o favorito (39%), seguido de eletrônicos (38%) e cosméticos (36%) enquanto os e-commerces favoritos destacados são Amazon (73%), Shopee (49%), Shein (45%), Magalu (MGLU3) (42%) e MELI (41%).
Por fim, diferentemente da pesquisa da Meliuz, o ticket médio deve ficar abaixo de R$ 300 para cerca de metade dos entrevistados.
Para a XP Investimentos, as pesquisas dão sinalizações positivas para a performance do varejo no evento, com os consumidores demonstrando uma intenção de fazer compras este ano.
No entanto, a casa destaca que é importante observar que o consumo segue pressionado pelo alto endividamento das famílias, em 77% em setembro, de acordo com a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC, combinado a taxa de juros e inflação ainda elevadas.
“Sobretudo, o evento tem expectativa de movimentar mais de R$ 6 bilhões neste ano, segundo relatório da Olist. Dessa forma, o evento, combinado às festas de final de ano, é crítico para definir o tom dos resultados do quarto trimestre das varejistas”, comenta a XP.