O BMG (BMGB4) acaba de finalizar a reestruturação da sua área voltada a empresas que faturam entre R$ 30m e R$ 300m no ano. Com o objetivo de ampliar a atuação no atacado e no chamado middle market.
As operações de FIDC e tesouraria serão direcionadas para atender esses segmentos. Dessa forma, o banco consegue gerar novas fontes de receita para o seu portfólio.
No geral, as operações serão voltadas ao capital de giro e ao mercado de capitais.
Além disso, foi criado um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para apoiar os clientes nas operações de desconto de recebíveis e duplicatas.
O banco vai oferecer também operações de tesouraria, que diz respeito a moedas, commodities e índices, assim como atuar em toda gama de seguros.
“Um dos nossos objetivos com a ampliação dos nossos esforços nesse mercado é apoiar as médias empresas a terem acesso rápido, fácil e seguro às linhas de crédito, assim como aos programas do governo, como o FGI-Peac”, comenta Ana Karina Bortoni Dias, CEO do BMG.
Sargo explica que também haverá um pilar de “educação financeira” para as empresas menores, auxiliando no reforço da governança e guiando esses clientes para, futuramente, acessarem os mercados de capitais.
“Contratamos uma empresa para nos ajudar com a coleta de dados, monitoramento de garantias, comportamento das operações de cedente e sacado”, conta.
Ele não dá guidance, mas diz que, no médio a longo prazo, a expectativa é que o middle tenha uma representatividade parecida com a do corporate.
No terceiro trimestre, o BMG (BMGB4) tinha uma carteira total de R$ 22,9 bilhões, sendo uma fatia de 9,5% no corporate.
Questionado sobre a competição no segmento middle, com cada vez mais bancos mirando esse nicho, Sargo afirma que a oferta de crédito é um chamariz e que conta com a força da marca do banco.
O executivo admite que o cenário macroeconômico este ano é desafiador, mas afirma que a forma como o banco vai atuar, dentro das cadeias produtivas, com FIDCs, dá resiliência para as operações.