Auxílio

Bolsonaro volta a defender Bolsa Família a R$400

O presidente já havia afirmado o valor para o auxílio em entrevista a uma TV de Pernambuco

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Norte, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar hoje (4) que o governo tenta elevar o valor médio dos benefícios do Bolsa Família para até 400 reais, além de dizer que o auxílio terá um valor médio de "no mínimo 300 reais".

"A média hoje em dia está em 192 reais. Nós vamos levar para no mínimo a 300, podendo chegar a 400. Porque houve uma inflação, sim, no Brasil, no mundo todo", disse Bolsonaro.

Ontem, o presidente já havia dito para uma TV em Pernambuco que o governo estuda uma maneira de chegar a 100% de aumento ao Bolsa Família, o que elevaria o benefício médio do programa para o valor de aproximadamente R$ 400.

"Estamos ultimando esforços e estudos no sentido de dar um aumento de no mínimo 50% para o Bolsa Família, podendo chegar até 100% em média. Com isso daí, além de atendermos a população, a gente prepara o Brasil para voltar a normalidade", disse Bolsonaro, em entrevista à TV Asa Branca, de Caruaru (PE).

Lira não confirma

Ainda na terça-feira (3), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reagiu à declaração de Bolsonaro e negou que haja qualquer conversa para estabelecer o valor de R$ 400 para o Bolsa Família, para incluir o programa social dentro de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ou para furar o teto de gastos.

À jornalistas, o político também citou uma reunião realizada na segunda-feira (2) na residência oficial do Senado com o presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e os ministros Paulo Guedes (Economia), Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e João Roma (Cidadania).

"Isso em nenhum momento foi falado na reunião. E eu queria aqui reafirmar que não há a possibilidade de se estourar teto de gastos no Brasil a depender da vontade do Legislativo”, afirmou.

*Com informações de Reuters, UOL e Folha de S.Paulo