O número de IPOs (sigla em inglês para oferta pública inicial) – a primeira vez que uma empresa tem suas ações negociadas na Bolsa – no Brasil em 2021 deve superar o recorde histórico de 2007, quando 64 companhias abriram seu capital. A estimativa é da consultoria Duff & Phelps, que prevê mais de 100 empresas abrindo o capital na Bolsa neste ano.
O relatório apontou que 25 IPOs foram realizados no país de janeiro a maio de 2021, além de 13 follow-ons (oferta subsequente de ações). Ao todo, IPOs e follow-ons arrecadaram mais de R$ 65,5 bilhões (cerca de US$ 12,1 bilhões) até maio.
De acordo com a consultoria, fatores internos favoráveis, como patamares baixos das taxas básicas de juros, potencial de consumo interno e a expectativa favorável para reformas estruturais estão entre os principais impulsionadores do apetite dos investidores locais e estrangeiros.
Segundo o estudo, de janeiro a maio, a atividade de M&A (fusões e aquisições) na América Latina aumentou 43,6% em comparação com o mesmo período de 2020: foram 293, com o Brasil liderando em volume e valor de atividade, seguido por México e Chile.
"O Brasil está experimentando uma forte recuperação após a turbulência econômica causada pela pandemia; há uma implantação mais ativa das vacinas, e os números recentes de crescimento do PIB [é esperado um crescimento do PIB de 5,5% este ano], impulsionados pela demanda interna, se somam ao ciclo global favorável para commodities e ao comprometimento do governo brasileiro com uma série de importantes reformas estruturais, incluindo a simplificação do ambiente tributário doméstico excessivamente complexo e a reforma administrativa", afirma o diretor da Duff&Phelps, a Kroll Business no Brasil, Alexandre Pierantoni.
*Com informações de GBR Comunicação