Pesquisa da AppsFlyer mostrou que o Brasil foi o segundo país com mais instalações de apps de finanças do mundo em 2020, atrás apenas da Índia. O crescimento no número de instalações de apps de finanças entre o primeiro trimestre de 2020 até o mesmo período de 2021 foi de 65%. Nos últimos dois anos, o salto é de 260%.
O estudo recolheu amostra de 4,7 bilhões de instalações de apps de finanças em todo o mundo de 2 mil aplicativos, entre o primeiro trimestre de 2019 e o de 2021.
Segundo o estudo, na América Latina, 40% da aquisição de usuários vem de campanhas de marketing, refletindo que empresas de finanças estão mudando a sua mentalidade diante da pandemia, antes utilizando o aplicativo apenas como um canal de engajamento.
No âmbito global, os dados mostraram que houve um aumento de 20% em instalações de apps de finanças entre o 1º trimestre de 2020 e o 1º trimestre de 2021.
"O Brasil é promissor para aplicativos de finanças por uma série de fatores. O primeiro é a alta introdução dos smartphones como principal meio de acesso à internet, em seguida vem o fato de que a pandemia restringiu acesso às instituições financeiras, fazendo com que o as pessoas se acostumassem aos serviços digitais", diz Daniel Simões, diretor regional da Appsflyer no Brasil.
O estudo também mostrou que os gastos globais com aquisição de usuários para apps de finanças atingiram os US$ 3 bilhões de dólares em 2020, em 2021 apenas no primeiro trimestre apps financeiros já investiram 1,2 bilhões de dólares. A América Latina representa 20% dos gastos globais, cerca de 542 milhões em 2020.
Bancos tradicionais perderam espaço dentre usuários de apps de finanças, com seu share de instalações diminuindo 24,2% em 2020 em comparação com 2019. Bancos digitais por sua vez aumentaram o seu share de instalações no mesmo período em 13,3%.