Educação

Brasil está entre países que menos investem em educação, aponta relatório da OCDE

O país gasta anualmente cerca de US$ 3,6 mil por aluno da rede pública, enquanto a média de países da OCDE passa de US$ 11 mil

Estudantes
Estudantes | Foto/Tânia Rêgo - Agência Brasil

Entre os 40 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está entre os dez que menos investem em educação.

O Brasil gasta, em média, US$ 3.668 (cerca de R$ 20,5 mil) por aluno da rede pública, segundo o relatório “Education at a Glance 2024” da OCDE, divulgado na última terça-feira (10). Já entre os países da OCDE, referência em desenvolvimento humano, o patamar é mais do que o triplo disso: US$ 11.914 (R$ 66,5 mil).

Ainda de acordo com o relatório da Organização, entre 2015 e 2021, no Brasil, o investimento em educação, da básica à superior, caiu em média 2% a cada ano. Na contramão dos países da OCDE, que investiram 2,1% a mais em cada ano nesse período.

Ao portal G1, o Ministério da Educação disse que houve uma redução nos gastos com educação entre 2018 e 2021, e que agora a pasta está conseguindo ampliar a fatia do orçamento destinada à educação.

Apesar de alto, investimento do PIB não é tão significativo

Ainda segundo informações da matéria, o governo gasta com educação 4,4% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma das riquezas produzidas no país, patamar semelhante aos da Suécia e da Nova Zelândia, considerados referência em desenvolvimento.

No entanto, o que realmente importa na comparação é o investimento que cada nação faz por aluno. Usar o PIB como referência significa considerar realidades econômicas e sociais totalmente diferentes:

  • O PIB do Brasil em 2022 foi de US$ 1,92 trilhão, enquanto na Suécia foi de US$ 591,2 bilhões e, na Nova Zelândia, de US$ 248,1 bilhões;
  • As populações destes países eram, no mesmo ano, de 215,3 milhões de pessoas no Brasil, 10,49 milhões na Suécia e 5,124 milhões na Nova Zelândia.