A economia brasileira criou 401.639 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro de 2020. O número, fruto da diferença entre as 1.694.604 contratações e 1.292.965 demissões no mês, é o maior desde o início da série histórica, em 1992.
O resultado também é 55% superior às 258 mil vagas de janeiro, que já haviam registrado o melhor desempenho histórico para o mês. Os dados estão presentes no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia nesta terça-feira (30).
Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o número foi inesperado. "Toda nossa surpresa se concentrou em admissões, com 1.694 milhões admitidos frente expectativa de 1.520 milhões", explicou ele.
Um dos fatores que levaram ao bom desempenho foi a criação de 183.547 postos apenas nos serviços, destaque entre os setores. Já a ponta negativa ficou com a agropecuária, com apenas 23.055 mil novas vagas.
Na divisão regional, a liderança foi para o Sudeste, que criou 203.213 postos, e a lanterna para o Norte, com 12.337 empregos.
Apesar do segmento de serviços ser um mais afetados pela pandemia de Covid-19, o resultado bimestral ainda não reflete os efeitos das novas restrições sociais impostas para conter a transmissão da doença. A conta dessas medidas deve chegar nos próximos meses, segundo Sanchez: "Para março esperamos que o saldo seja de apenas 220 mil postos, enquanto para o ano a criação deverá ficar em cerca de 1 milhão".
Com informações da CNN Brasil