O BTG (BPAC11) divulgou um relatório de análise do balanço do segundo trimestre da MRV (MRVE3) com recomendação de compra das ações da companhia no preço-alvo de R$ 23,00.
Segundo os analistas, os resultados foram fracos no período, por conta dos custos mais elevados de matérias-primas. O lucro líquido de R$ 203 milhões – R$ 0,42 por ação – ficou 10% abaixo das estimativas do BTG. Esse número, diz o relatório, foi impulsionado por um ganho de R$ 55 milhões da venda do AHS Residential.
A receita líquida foi de R$ 1,8 bilhão, 4% acima das projeções.
A MRV encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R $ 2,45 bilhões, já que a empresa registrou queima de caixa de R$ 30 milhões ao sofrer algumas mudanças operacionais na Caixa Econômica Federal que impactou a arrecadação de recebíveis no segundo trimestre.
Embora a alavancagem pareça alta, a MRV anunciou a venda de uma carteira de R$ 241 milhões de quirográficos recebíveis (“pró-soluto”), que deve ajudar a conter a alavancagem. Algo a ser observado no terceiro trimestre, ressalta o BTG.
Por fim, o BTG disse que pretende revisar os números da companhia em breve, já incorporados os itens mencionados anteriormente. A MRV, por sua vez, alega que começou a aumentar os preços de venda para mitigar a elevação dos custos de construção. "Acreditamos que as margens devem continuar pressionadas por um tempo, conforme sinalizado por margens de backlog (portanto, vemos risco de queda em nossas projeções)", finaliza o BTG.