XP BTG

BTG mantém recomendação “neutra” para XP e corta preço-alvo

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Por Gabriel Codas

Investing.com – O BTG Pactual (SA:BPAC11) divulgou relatório nesta terça-feira mostrando confiança que a Xp Inc (NASDAQ:XP). está preparada para enfrentar a crise. No entanto, o mesmo documento manteve a recomendação neutra e cortou o preço-alvo do ativo de US$ 37 para US$ 24. Os analistas motivam a revisão por um real mais fraco em relação ao dólar, que afeta diretamente o resultado da companhia.

Nesta terça-feira, os papéis eram negociados com alta de 5,3%% a US$ 21,67 às 16h35, enquanto o índice Nasdaq tinha leve ganhos de 0,07%.

Até o momento, a equipe não revisou a premissa de CoE, que permanece em 11,5 (nominal em real). A preços atuais, eles enxergam XP sendo negociado em 55xPE20 e 37xPE21. Mas, apesar de uma franquia de investimentos exclusiva no Brasil, um forte saldo de caixa e uma excelente posição para superar operacionalmente em tempos difíceis, múltiplos de avaliação permanecem elevados. Então, apesar de serem fãs da história, por enquanto continuam neutros.

Os analistas destacam que XP divulgou resultados surpreendentes do 4T19 em 17 de março. Foi a última empresa do universo de cobertura a reportar seus números e, portanto, a única cujas estimativas não foram atualizadas para incorporar o quarto trimestre.

Em circunstâncias normais, provavelmente as estimativas seriam elevadas devido a um final tão forte no ano. Porém, dados os grandes impactos econômicos do COVID-19, foi necessário reduzir as estimativas e preço-alvo.

Passado o 1º trimestre, a equipe acredita provavelmente foi um trimestre muito sólido, apesar de um possível impacto no AuC, que espera que caia na base trimestral devido à queda no segmento de ações. Mas, embora o AuC provavelmente tenha caído, as atividades de negociação nos mercados de ações e de futuros atingiram máximos históricos. A B3, por exemplo, deve reportar seu melhor trimestre de todos os tempos. A expectativa é que a XP entregue um trimestre forte também. Mas os resultados devem diminuir a partir do segundo trimestre.