Recomendação

BTG recomenda compra de ações da Rumo (RAIL3)

Executivos do banco se reuniram com gerente executivo de RI da companhia, que apresentou resultados e projeções que justificaram recomendação

- Divulgação
- Divulgação

Na noite desta quinta-feira (27), especialistas do BTG Pactual divulgaram um relatório de análise dos resultados da Rumo (RAIL3).

O material foi elaborado após executivos do banco realizarem uma reunião com Gustavo Rosa, gerente executivo de Relações com Investidores da companhia, durante o evento BTG Pactual CEO Conference 2021.

O BTG recomendou a compra das ações da Rumo (RAIL3) no preço-alvo de R$ 27,00.

Entre os pontos divulgados pelo relatório estão as projeções trazidas por Rosa. A companhia espera que a safra do segundo semestre seja impactada pelo atraso na segunda safra do milho, motivado pelo clima mais seco do ano passado. "Pelo lado positivo, o desempenho decente esperado para soja e açúcar pode compensar parcialmente a colheta de milho mais fraca", aponta.

O executivo afirma também que a Rumo já iniciou a operação de trens com 120 vagões nas malhas centro e norte – 50% a mais de capacidade de carga do que os trens anteriores de 80 vagões -, e espera-se que os trens tenham um papel importante no desgargalamento da malha ferroviária brasileira.

A empresa afirma que a pavimentação da rodovia BR-163 no ano passado aumentou a atratividade e capacidade do Corredor Norte, o que explica em parte o desempenho mais suave da Rumo no período.

Rosa destacou que a Rumo não espera que o aumento tarifário da Hidrovias do Brasil no Corredor Norte signifique uma melhor competitividade para o Corredor Sul, dado o mix de clientes da empresa. Porém, o pedágio da BR-163 é um importante catalisador para aprimorar as operações por lá.

A companhia reforçou a visão sobre o projeto da ferrovia Ferrogrão, mais uma vez foram reiterados os desafios de execução do ativo.

O executivo citou recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o estatuto que permitia mudanças nos limites do Parque do Jamanxim (área protegida e destinada a indígenas) no Pará como principal retrocesso do projeto, mas o governo colocou Ferrogrão como prioridade.

Por outro lado, a licença ambiental do projeto Lucas do Rio Verde, da Rumo, também avança lentamente. O modelo para implementar a nova linha férrea continua em discussão, no entanto.

Já o processo de renovação inicial da Malha Sul também está em andamento. Mesmo assim, a Rumo aguarda o leilão da Ferroeste (previsto para o início do ano que vem) para dar continuidade às negociações da Malha Sul, pois a ferrovia pode fornecer à Rumo uma conexão interessante com os principais produtores de grãos da região, o que traria volumes maiores. Dessa forma, a disposição da Rumo em avançar na renovação antecipada da Malha Sul aumentaria caso ela ganhasse a Ferroeste.

"Em nossa opinião, a reunião foi importante para aumentar a confiança dos investidores no desempenho do volume da empresa ao longo do segundo semestre do ano, que se tornou um recente ponto de conflito para o nome. Estamos cada vez mais construtivos com a Rumo devido à melhoria da competitividade do Corredor Sul, à medida que a capacidade continua a se expandir nos terminais de grãos e portos. A tese de investimento da companhia continua sendo uma história de volume em constante crescimento, beneficiando-se do crescimento das exportações de grãos do Brasil, bem como da alavancagem operacional da expansão da capacidade", conclui o BTG.