ANP

Cai produção de petróleo e gás natural em novembro

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De acordo com o Boletim Mensal de Produção de Petróleo e Gás, divulgado hoje (4) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção nacional de petróleo e gás em novembro do ano passado atingiu 3,550 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d), sendo 2,755 milhões de barris por dia (MMbbl/d) de petróleo e 126 milhões de m3 por dia (MMm3/d) de gás natural.

Segundo a ANP, houve redução de 4,1% na produção de petróleo em relação ao mês anterior e de 10,9% comparativamente a novembro de 2019. No gás natural, a queda foi de 2,8% em relação a outubro e de 7,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

A ANP esclareceu que a retração na produção se deve, principalmente, a paradas programadas ou causadas por necessidades operacionais de plataformas localizadas nos campos de Búzios e Tupi localizados na Bacia de Santos, no polígono do pré-sal; Albacora, na Bacia de Campos; e Atlanta, na Bacia de Santos.

Destaque

Destaque positivo de novembro foi o poço 9-ATP-1-RJS do campo de Atapu, na Bacia de Santos, que saltou da décima para a segunda posição no ranking de poços com maior produtividade. O poço atingiu volume médio de produção de 57.258 barris de óleo equivalente por dia (boe/d), ficando atrás somente do poço 7-BUZ-10-RJS, no campo de Búzios, também na Bacia de Santos, que produziu 65.228 boe/d.

Os campos marítimos produziram, em novembro, 96,8% do petróleo e 81,4% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 92,7% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Já os campos que têm participação exclusiva da Petrobras produziram 41% do total.

Pré-sal

Em relação à produção no pré-sal, o resultado em novembro alcançou 2,422 MMboe/d, sendo 1,920 MMbbl/d de petróleo e 79,808 MMm3/d de gás natural. Somando os dois produtos, houve redução de 4,4% em relação ao mês anterior e de 6,4% em relação a novembro de 2019. A produção no pré-sal teve origem em 116 poços e correspondeu a 68,3% da produção nacional.

A ANP informou ainda que o aproveitamento de gás natural em novembro foi de 97,5 %. Foram disponibilizados ao mercado 54,7 MMm³/dia. A queima de gás no mês somou 3,1 MMm³/d, revelando aumento de 3,7 % se comparada ao mês anterior, mas com redução de 8,6% frente ao mesmo mês em 2019.

O boletim revela que, em novembro, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 849 MMbbl/d de petróleo e 37,4 MMm3/d de gás natural. A plataforma Petrobras 75, que produz no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, produziu 153,220 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo. Por outro lado, a instalação Polo Arara, produzindo no campo de Arara, por meio de 32 poços a ela interligados, apresentou a maior produção de gás natural, da ordem de 6,630 Mmm³/d.

Estreito, na Bacia Potiguar, mostrou o maior número de poços produtores terrestres: 1.041, enquanto Tupi, na Bacia de Santos, teve o maior número de poços produtores: 57. Os campos de acumulações marginais produziram 590,6 boe/d, sendo 117,2 bbl/d de petróleo e 75,3 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 468,3 boe/d.

Áreas concedidas

De acordo com o boletim da ANP, 263 áreas concedidas, três áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 38 empresas, foram responsáveis pela produção nacional no mês de novembro de 2020. Dessas, 60 são marítimas e 211 terrestres, sendo 11 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.511 poços, sendo 480 marítimos e 6.031 terrestres.

Também no mês de novembro, 34 campos permaneceram com suas produções temporariamente interrompidas devido aos efeitos da pandemia da covid-19. Desse total, 17 são campos marítimos e 17 terrestres, totalizando 60 instalações marítimas que permaneceram com a produção interrompida. Não houve alteração em relação ao mês anterior, observou a ANP.

Do total produzido de petróleo no mês analisado, 2,7% foram considerados óleo leve, 90,4% óleo médio e 6,9% óleo pesado.

O Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP está disponível para consulta no site da agência.