A Caixa Econômica Federal anunciou a renegociação de R$ 5 bilhões em dívidas por meio do programa Desenrola, uma iniciativa do governo federal.
O banco desempenhou um papel importante no Dia D – Mutirão Desenrola, ocorrido na última quarta-feira (22), abrindo suas agências uma hora mais cedo para facilitar o atendimento e fomentar as renegociações de débitos, visando ampliar o alcance do programa.
Durante uma entrevista concedida ao Repórter Brasil, da TV Brasil, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, destacou o objetivo de facilitar o acesso da população aos benefícios oferecidos, enfatizando que, em certos casos, os descontos podem atingir até 99% do valor total da dívida.
Uma nova fase do Programa Desenrola Brasil entrou em vigor na última segunda-feira (20). A Faixa 1 do programa, direcionada a devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), passou a contemplar a renegociação de dívidas de até R$ 20 mil.
Os débitos na faixa de R$ 5.000,01 a R$ 20 mil podem ser refinanciados até o dia 30 de dezembro. Após esse prazo, os descontos serão mantidos, porém, a dívida somente poderá ser quitada à vista. A faixa engloba dívidas bancárias, como cartão de crédito, bem como contas atrasadas em outros setores, como energia, água e comércio varejista.
Desde o início de outubro, a Faixa 1 do Desenrola permitiu a renegociação de dívidas de até R$ 5 mil por meio da plataforma desenvolvida pela B3, disponível no website.
A regulamentação do programa estabeleceu que, caso houvesse recursos remanescentes no Fundo Garantidor de Operações (FGO) – fundo do Tesouro Nacional que cobre possíveis inadimplências dos participantes da renegociação – após os primeiros 40 dias, o refinanciamento seria expandido para débitos de até R$ 20 mil.
Na plataforma, as dívidas são listadas por ordem de desconto, indo do maior para o menor. Durante os leilões, 654 empresas apresentaram propostas, com o desconto médio ficando em torno de 83% do valor original da dívida.
Em alguns setores específicos, os descontos chegaram a ultrapassar essa média, atingindo até 99%, dependendo da atividade econômica. Os consumidores têm a opção de parcelar o débito em até 60 meses, pagando juros de 1,99% ao mês.