O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, enfrenta oposição por parte dos servidores e dos principais líderes do órgão.
Assim, nesta segunda-feira (20), será divulgada uma carta aberta assinada por 134 servidores.
Dentre essas assinaturas, há 125 gerentes, gerentes substitutos e coordenadores, além de dois ex-diretores.
Este grupo representa as lideranças que estão na frente do movimento de repúdio à gestão de Pochmann.
Situação do IBGE
Nas últimas semanas, dois diretores já pediram demissão, e outros dois estão perto de se demitirem ainda em janeiro.
O documento desta segunda-feira denuncia um “clima organizacional deteriorado” e dificuldades enfrentadas pelas lideranças no cumprimento de suas funções.
O que diz na carta aberta?
A carta aberta expressa apoio aos diretores que se afastaram. Ainda mais, acusam o presidente Marcio Pochmann de exercer práticas autoritárias e desrespeitar o corpo técnico do IBGE.
“A condução do IBGE com viés autoritário, político e midiático pela gestão Pochmann é a verdadeira causa da crise em que se encontra a instituição”, o texto afirma.
Além disso, os servidores criticam a recente divulgação de um comunicado que, segundo eles, atacou a integridade ética dos funcionários e do sindicato
A insatisfação está especialmente ligada à criação da Fundação IBGE+. Porém, muitos consideram a entidade uma paralela que enfraquece o papel central do IBGE nas pesquisas nacionais.
Servidores também apontam a ausência de discussões internas sobre decisões como o fim do home office e a transferência da sede do IBGE do Centro para a Zona Sul do Rio de Janeiro.
“Sua gestão ameaça seriamente a missão institucional e os princípios orientadores do IBGE, na medida em que impõe a criação da Fundação IBGE+ como única alternativa às demandas por recursos financeiros para a realização das pesquisas e projetos que compõem nossa agenda de trabalho”, completa a carta.