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Casas Bahia (BHIA3): situação financeira preocupa BTG Pactual, que mantém visão neutra sobre ação

Banco avaliou como fracos os resultados financeiros da varejista no primeiro trimestre de 2024

Casas Bahia (BHIA3): situação financeira preocupa BTG Pactual, que mantém visão neutra sobre ação

Os analistas do BTG Pactual seguem preocupados com a estrutura de capital da Casas Bahia (BHIA3), ao avaliar o balanço financeiro da companhia referente ao primeiro trimestre de 2024. Por isso, o banco mantém uma visão neutra sobre os papéis da varejista.

"Apesar das medidas tomadas pela empresa, como a captação de recursos através de uma oferta subsequente em setembro e uma recuperação extrajudicial da dívida anunciada em abril, mantemos uma postura neutra devido ao cenário competitivo acirrado, à alta exposição a eletrônicos/eletrodomésticos, aos altos custos de financiamento e à incerteza em relação a provisões futuras e à monetização de créditos tributários", comenta o time de analistas do BTG.

Para o banco, os números apresentados pela Casas Bahia vieram fracos. 

Naquele período, o volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) total caiu 11% em relação ao ano anterior, apesar de estar ligeiramente acima das expectativas do BTG Pactual. "Esse declínio é atribuído à migração de sortimento e à redução das operações da empresa", avalia o banco.

No que diz respeito às operações físicas (B&M), o GMV caiu 11%, com as vendas mesmas lojas (SSS) diminuindo 9,3%. Como resultado, a receita bruta consolidada caiu 14% em relação ao ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA ajustado) também sofreu uma queda acentuada de 42% em relação ao ano anterior, principalmente devido à alavancagem operacional.

A margem EBITDA ajustada caiu 310 pontos-base em relação ao ano anterior, atingindo 6,1%.

Diante disso, o BTG destaca a importância da empresa adotar medidas estratégicas adicionais para garantir sua estabilidade e crescimento futuro em um mercado altamente competitivo.