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CCR (CCRO3): indicações de Itaúsa e Votorantim fortalecem governança corporativa, diz analista

Apesar do ótimo histórico operacional, a empresa ainda sofria com desconfianças por ter entre seus principais sócios alguns grupos investigados em casos de corrupção com o governo, pontua Bernardo Viero, analista da Suno Research

CCR - Divulgação
CCR - Divulgação

A Itaúsa (ITSA4) deve indicar Roberto Setúbal, co-chairman do Itaú (ITUB4), e Vicente Assis, ex-presidente da McKinsey no Brasil, para o conselho da CCR (CCRO3), informou o site Brazil Journal na segunda-feira.

No fim de março, a Itaúsa anunciou a aquisição de 10% da CCR. Essa fatia pertencia à Andrade Gutierrez, que vendeu outros 5% para a Votorantim e 5% no mercado, na ocasião. 

De acordo com a apuração, Votorantim também deve indicar o CEO João Schmidt e Mateus Ferreira, diretor de M&A do grupo e ex-head de infraestrutura do Itaú BBA para o conselho da CCR.

Para Bernardo Viero, analista da Suno Research, a entrada de dois nomes fortes como Itaúsa e Votorantim na CCR e no novo acordo de acionistas a ser construído junto aos outros dois controladores (Mover e Soares Penido), mediante a aquisição de ações no mercado e da antiga sócia Andrade Gutierrez, fortalece a governança corporativa da empresa.

Apesar do ótimo histórico operacional, a empresa ainda sofria com desconfianças por ter entre seus principais sócios alguns grupos investigados em casos de corrupção com o governo, alega Viero.

Os novatos do board, que desfrutam de uma reputação muito forte no mercado, poderão somar essa característica à companhia e indicar quatro conselheiros de peso para a empresa, afirma o analista.

De acordo com Viero, isso já se tornou um gatilho positivo para uma precificação mais justa da CCR em bolsa.

Às 10:38, as ações de CCR (CCRO3) caíam 1,47%, ao preço de R$ 14,07 cada. 

Com informações de Brazil Journal e TM Comunicações.