Prejuízo

Cerca de 70% dos negócios foram impactados negativamente pela pandemia

Dados foram obtidos por pesquisa da PwC

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Divulgada na segunda-feira (26), a Pesquisa Global sobre Crises realizada pela PwC, prestadora de serviços em auditoria e asseguração, aponta que 70% dos entrevistados tiveram seus negócios afetados negativamente pela pandemia, enquanto 20% afirmaram que a crise teve um impacto positivo em sua organização. As empresas de tecnologia e saúde estiveram mais propensas a reagirem bem, enquanto os setores de viagens e hospitalidade sofreram os efeitos mais negativos. Já no Brasil, 62% dos entrevistados declararam que a pandemia impactou de forma negativa os seus negócios, com 33% afirmando que o efeito foi positivo.

Um ano depois de a Covid-19 ser declarada uma epidemia  global, o estudo Global Crisis Survey 2021 analisa a resposta da comunidade empresarial mundial à crise mais disruptiva dos últimos anos. Mais de 2.800 líderes de negócios – 135 no Brasil – compartilharam dados e percepções, representando organizações de todos os portes, de 29 setores da economia e de 73 países.

Segundo a pesquisa, 71% dos líderes no Brasil trabalharam com um plano de resposta a crises durante a pandemia, ante 62% dos entrevistados no mundo; e 88% dos brasileiros declararam ter reagido à crise levando em conta as necessidades físicas e emocionais dos empregados, ante 80% dos respondentes globais. Por outro lado, apenas 54% dos líderes brasileiros modificaram a estratégia corporativa em resposta à crise, ante 77% dos entrevistados internacionais. Em um exercício de autocrítica, 98% dos líderes de negócios no Brasil afirmaram que seus recursos de gestão de crises precisam ser melhorados, índice pouco acima dos 95% observados globalmente.

No mundo, o setor de turismo e lazer foi o mais afetado pela pandemia, com 86% das empresas sofrendo impactos negativos. O segmento de educação superior vem em segundo lugar, com 83%, e em seguida estão produção industrial e montadoras de veículos (80%), governo e serviços públicos (77%), serviços financeiros e energia, serviços de utilidade pública e recursos naturais (76%), mercado de consumo (72%), saúde (65%) e tecnologia, mídia e telecomunicações (61%).

"Em 2019, na primeira edição da pesquisa, 95% dos entrevistados esperavam uma crise nos próximos dois anos, mas uma pandemia não constava entre as ameaças elencadas. Apenas 35% das organizações tinham um plano bem estruturado de resposta a crises – uma marca registrada de quem se saiu bem -, o que significa que a maioria não se preparou. A pesquisa convida à reflexão e propõe que todos apostem na resiliência como forma de superar tempos difíceis", observa Leonardo Lopes, sócio da PwC Brasil. "Infelizmente, a pandemia ainda não acabou e obstáculos ainda podem surgir no caminho durante algum tempo", acrescentou.

As organizações que hoje estão em melhor situação têm uma probabilidade significativamente maior de terem dado atenção substancial à resiliência organizacional e planejaram como responder a interrupções significativas de seus negócios. De acordo com a pesquisa, 92% das empresas que tinham um processo de revisão de suas ações em vigor antes da Covid-19 e que realizaram uma revisão formal de sua resposta à pandemia também planejam ter um processo em vigor para crises futuras. Sete em cada dez organizações estão planejando aumentar seus investimentos na construção de resiliência e, entre líderes de risco, esse número chega a nove em cada dez.

Para 2021, a perspectiva é positiva. Na 24ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC (24th Annual Global CEO Survey), publicada no início de março, um recorde de 76% dos líderes de empresas acredita que o crescimento econômico global será maior em 2021. Esse otimismo se alinha aos dados da Pesquisa Global sobre Crises da PwC, em que três em cada quatro empresas estão confiantes de que podem integrar com sucesso o que aprenderam durante a crise para revigorar sua resiliência organizacional.

Informações da Assessoria de Imprensa CDI Comunicação.