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Clubes de investimentos e fundos de investimentos: veja quais são as diferenças e vantagens

Em ambos, investidores aplicam juntos valores em um portfólio de ativos para alcançarem rentabilidade maior, mas ambos são formados diferentemente

- Rawpixel.com/ Freepik
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Fundos de investimentos atualmente constituem uma das modalidades mais conhecidas dos brasileiros. Números recentes da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que os fundos contam, hoje, com mais de 28 milhões de investidores — e a expectativa é de crescimento ao longo de 2021.

Por outro lado, o mercado de capitais brasileiro também oferece a opção dos “clubes de investimentos”. Nunca ouviu falar deles? Se não conhece a modalidade, confira na nossa spacedica.

Entre conhecidos
Fundos de investimento e clubes de investimentos compartilham um modo de funcionamento em comum: investidores somam valores para aplicarem juntos em um portfólio de ativos e alcançarem rentabilidade maior do que conseguiriam investindo sozinhos. Cada um ganha de acordo com a quantidade de cotas adquiridas.

Outro aspecto em comum se refere ao pagamento de taxas para a administração e o recolhimento de 15% em impostos. 

As semelhanças, porém, acabam por aí. A primeira diferença fundamental entre as modalidades é em relação a como eles são formados.

Para participar de um fundo de investimento você precisa apenas estar cadastrado em uma corretora, pesquisar um ativo listado na B3 que esteja dentro da sua capacidade de investimento e comprar as cotas no pregão da bolsa de valores.

Já o clube de investimentos funciona entre conhecidos, geralmente amigos e familiares. De acordo com as regras da B3, no mínimo três pessoas devem fazer parte do clube e nenhuma delas deve ter mais do que 40% de suas cotas, que não podem ser comercializadas em pregão. Também há limite máximo de cotistas: 50 pessoas.

Você, gestor
Outra diferença fundamental é que a gestão dos clubes, diferentemente dos fundos de investimento, não precisa ser feita por um profissional.

O clube precisa de uma empresa que faça a administração do clube, como uma corretora, mas a gestão estratégica de quais investimentos irão compor o portfólio do clube pode ficar com um dos cotistas, desde que ele seja escolhido em assembleia.

A responsabilidade é grande, porém. Isso porque, ao contrário dos fundos, os clubes de investimentos não podem investir apenas em ativos de renda fixa, que têm baixa exposição a riscos.

Pelas regras da bolsa, 67% do patrimônio do fundo devem ser aplicados em ações, que sofrem oscilações diárias. O restante pode ser pulverizado entre fundos de renda fixa ou derivativos.

Qual vale mais a pena?
Para responder a essa pergunta, deve-se levar em conta diversos fatores, como: quanto você tem para investir? Está disposto a aceitar os riscos da renda variável com um gestor que pode ser menos experiente? Já conta com outros investimentos de perfil mais conservador para diversificar a carteira?

Para pequenos investidores (quem têm menos de R$ 100 mil para aplicar), o melhor pode ser investir mesmo diretamente em renda fixa, variável e até produtos mais arrojados e alternativos, como crowdfunding de investimentos ou criptomoedas. Para esse público, os fundos de investimento também seguem como uma ótima alternativa.