Nesta quinta-feira (9), as ações da Cogna (COGN3) despencavam 14,35%, a R$ 1,97, por volta de 10:41, em reação aos resultados do primeiro trimestre de 2024 divulgados na véspera.
A educacional registrou um lucro líquido ajustado de R$ 50,5 milhões entre janeiro e março deste ano, uma queda anual de 57%. O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), em critério ajustado, avançou 9,5% na mesma base de comparação, para R$ 495,4 milhões.
A receita líquida mostrou crescimento de 15,70% em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 1,5 bilhão. Para a Genial Investimentos, o resultado foi morno, com alguns pontos altos e baixos.
Do lado positivo, a casa destaca que a companhia apresentou um forte ciclo de captação de alunos na Kroton no início deste ano, surpreendendo também no crescimento de faturamento da vertical Saber (+13,2% vs. projeção da Genial).
Porém, por outro lado, a companhia decepcionou no lucro, pressionado por maiores investimentos em marketing e maiores despesas não recorrentes.
"Já acreditávamos que haveria uma compressão em margem EBITDA, dado a forte base comparativa e, também, aos esforços de marketing direcionados à Kroton para a captação antecipada neste ano. Ainda assim, a rentabilidade operacional se mostrou aquém do que o esperado, com a companhia consolidando uma compressão de margem EBITDA de -230bps em relação ao estimado, em 31,1% (-780bps a/a)", escreveram os analistas Iago Sousa e Nina Mirazon.
Como resultado de um lucro operacional mais fraco, a companhia consolidou um prejuízo de R$ 8,5 milhões, enquanto a Genial projetava lucro de R$ 6 milhões.
Neste sentido, a instituição reitera a recomendação neutra na ação, com preço-alvo de R$ 2,70 em doze meses.