O inverno no mundo cripto se alastra. A perda da paridade com o dólar da TerraUSD (UST) respingou sobre a maior stablecoin do mundo: a Tether (USDT).
Durante a madrugada desta quinta (12), Tether perdeu seu pareamento com a moeda americana. Depois, se recuperou um pouco, mas ainda estava sendo negociada a US$ 0,993, conforme dados da plataforma CoinMarketCap, às 11h20.
Já o colapso da Terra (Luna),que integra UST em seu ecossistema, fez ruir seu valor de mercado, que caiu de quase US$ 40 bilhões para apenas US$ 500 milhões e está fazendo as estruturas das stablecoins balançarem.
Mas o que são stablecoins?
O distanciamento de paridade com o dólar faz as stablecoins perderem sua principal característica, já que essas criptomoedas são conhecidas pelo termo de “moedas estáveis”.
Elas ganharam espaço no mercado por manterem a característica mais atrativa das moedas digitais, que é a chance de participar de um mercado descentralizado, o que facilita o acesso e também a possibilidade de investimentos menores, ao mesmo tempo em que têm uma oscilação menor.
Isso porque as stablecoins precisam de um lastro para existir, como a paridade ao dólar, ao ouro ou outros ativos, e isso, teoricamente, diminuiria a possibilidade de grandes flutuações.
E a Terra?
Terra foi fundada em janeiro de 2018 e é uma criptomoeda de preço estável. Conforme o Coinmarketcap, “sua missão é libertar as pessoas das taxas ocultas que são incorporadas aos pagamentos internacionais diários”.
É essencialmente uma criptomoeda de duas metades: a 'stablecoin' Terra e Luna, uma criptomoeda mais tradicional, sendo projetada para sempre valer dólares americanos ‘do mundo real’. UST é um stablecoin algorítmica, com uma teoria de jogos, com mecanismos de incentivo que fazem com que o seu preço se mantenha.