Ibovespa Dólar

Com 2º circuit breaker da semana, Ibovespa fecha abaixo dos 90 mil pts; dólar fica a R$ 4,72

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou com grandes perdas o pregão desta quarta-feira (11). No fechamento, a queda era de 7,64%, aos 85.171,13 pontos.

A sessão foi marcada pelo segundo circuit breaker da semana, um mecanismo de defesa contra a volatilidade.Por volta das 15h15, as perdas chegaram a 10,11%, a 82.887,24 pontos.

No começo da tarde, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o surto de COVID-19 é uma pandemia, e o número de afetados e óbitos deve aumentar. E isso aumentou a tensão nos mercados internacionais, que já caíam.

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Em redes sociais ficaram em polvorosa com a segunda parada da bolsa na mesma semana:

O dólar comercial fechou em alta, com valorização de 1,61% ante o Real e cotado a R$ 4,721. Hoje, o Banco Central ofertou 20 mil contratos de swaps cambiais.

A semana já começou com pânico generalizado nos mercados, com o preço do petróleo e os receios com o coronavírus. Na segunda-feira, a bolsa ficou parada por meia hora, com o o primeiro circuit breaker da semana. Ontem, o Ibovespa ensaiou recuperação com alta de mais de 7%.

Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei teve recuo de mais de 2%. A Bolsa de Xangai também encerrou o pregão com perdas.

Na Europa, DAX 30 fechou leve queda. O FTSE 100 acabou a sessão com perdas de mais de 1%. O índice CAC 40 também encerrou o pregão no campo negativo.

Já em Nova York, Dow Jones teve fechamento com perdas de quase 6%, enquanto o S&P 500 fechou com baixa de quase 5%. A Nasdaq encerrou as negociações no campo negativo, perdendo quase 5%.

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Petróleo

Após a queda de 30% no início da semana, o petróleo voltou a cair, com o anúncio de que a petroleira estatal saudita elevará a produção ao máximo. Ontem, houve alívio com a sinalização de trégua russa. A guerra de preços do óleo começou com a discordância entre Rússia e Opep em relação aos cortes de produção.

Coronavírus

No começo da tarde, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o surto de COVID-19 é uma pandemia, e o número de afetados e óbitos deve aumentar. No entanto, o diretor Tedros Adhanom Ghebreyesus ressaltou que a nova classificação não deve alterar o que já está sendo feito pelos países.

A doença, que parece ter se estabilizado na China, continua a aumentar em outros países. Na Itália, os casos passaram de 10 mil, enquanto os EUA já chegaram a mil infectados. Ao redor do globo, são mais de 120 mil ocorrências, com mais de 4 mil mortos.

Ontem, os mercados se animaram com a promessa do presidente norte-americano, Donald Trump, de apresentar um pacote de medidas econômicas para conter os estragos com o coronavírus. Marcado para ontem à noite, o anúncio foi postergado, adicionando mais volatilidade ao pregão de hoje.

Por outro lado, o Banco Central inglês cortou sua taxa de juros em 0,5 p.p. para 0,25% a.a. Amanhã, quinta-feira, o Banco Central Europeu tem sua reunião monetária, e a presidente Christine Lagarde prometeu medidas.

IPCA

A inflação oficial, o IPCA, foi divulgada na manhã desta quarta-feira (11). No mês de fevereiro, o índice ficou em 0,25%. No acumulado anual, a alta é de 0,46%.

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