Anbima

Com investidores de olho na renda fixa, fundos de ações e multimercados sangram R$ 30 bi em janeiro

Segundo a Anbima, as retiradas líquidas foram de R$ 19,4 bilhões nos multimercados e de R$ 10,6 nos fundos de ações

- Arquivo: Agência Brasil
- Arquivo: Agência Brasil

Em janeiro, os fundos de ações e multimercados sofreram o quinto mês consecutivo de resgates, conforme dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgados nesta terça-feira (8). Os resgastes, segundo a associação, refletem o movimento de migração de recursos para os fundos de renda fixa, considerados mais seguros no atual cenário de taxa de juros e inflação em alta.

Conforme levantamento, as retiradas líquidas foram de R$ 30 bilhões nas duas classes de fundos, no mês passado, sendo R$ 19,4 bilhões nos multimercados e R$ 10,6 nos fundos de ações.

Entre os multimercados, o tipo livre (fundos sem compromisso de concentração em alguma estratégia específica) foi responsável pela saída de R$ 12,5 bilhões, ou 64,2% do total das retiradas da classe.

Renda fixa

Por outro lado, os fundos de renda fixa tiveram captação líquida positiva de R$ 22,4 bilhões, revertendo parte dos resgates que a classe teve em dezembro (R$ 56,9 bilhões). No geral, os fundos de investimento registraram resgates líquidos de R$ 13,2 bilhões no primeiro mês de 2022.

“Com a alta da Selic, os investidores têm alocado parte de suas carteiras para a renda fixa, o que faz com que os fundos mais arriscados, como ações e multimercados, sofram resgates, como vem acontecendo desde o final de 2021″, disse Pedro Rudge, diretor da Anbima, em nota.

Por sua vez, os fundos de previdência tiveram resgates líquidos de R$ 1,3 bilhão. Durante o ano de 2021, a classe fechou três meses com retiradas, sendo eles: abril (R$ 9,4 bilhões), agosto (102,1 milhões) e setembro (R$ 882 milhões), pontuou a Associação.

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