O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, abriu o pregão desta segunda-feira (20) em baixa, com a aversão ao risco no exterior e as tensões políticas renovadas no cenário interno. Por volta das 10h10, as perdas eram de 0,87%, aos 78.303,50 pontos.
O dólar comercial começou o dia de negociações com alta. A moeda norte-americana tinha valorização de 0,73%, cotada a R$ 5,274.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei 225 fechou com baixa de 1,15%, enquanto o Shangai Composite subiu 0,51%.
Na Europa, DAX 30 caía 1,19%, enquanto FTSE 100 pedia 0,75%. CAC 40 tinha queda de 0,85%.
Nos Estados Unidos, os futuros operavam em campo negativo.
Petróleo
O petróleo WTI, negociado nos EUA, chegou a cair mais de 25%, na mínima para 21 anos, abaixo de US$ 15,00/barril. Além dos receios acerca da queda na demanda, com a pandemia de coronavírus, a commodity sofre com os investidores migrando dos contratos de curto prazo e dúvidas em relação à capacidade de armazenamento do óleo.
Coronavírus
Os casos do covid-19 no mundo passam de 2,4 milhões, com mais de 160 mil mortes. No Brasil, são quase 40 mil ocorrências e o número de óbitos beira 2500.
Nos Estados Unidos, o processo de reabertura da economia começa hoje com o estado do Texas, com parques e praças de volta a normalidade — mas com frequentadores com máscaras. O presidente Donald Trump já havia começado, na semana passada, a traçar um plano de retomada com os governadores.
Na Europa, a Alemanha também começa a pensar na volta da quarentena. Lojas menores podem voltar a funcionar a partir de hoje e montadoras também retomam parte da produção. No entanto, a primeira-ministra Angela Merkel defendeu a cautela durante a reabertura.
Em Brasília
No Distrito Federal, as tensões se renovaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro num ato que pedia um novo AI-5 (medida de 1968 que endureceu a ditadura), além de uma intervenção militar. Em resposta, 20 governadores assinaram uma carta em defesa da democracia, e o episódio foi repudiado também por políticos e ministros do STF.