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Comissão de bancos em follow-on do IRB Brasil teve desconto de 97%, diz jornal

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A oferta subsequente de ações do IRB Brasil (IRBR3), realizada na última semana atingiu o objetivo de marcar a saída do Banco do Brasil (BBAS3) e da União do controle da companhia. No entanto, para contribuir no sucesso da operação, precificada a R$ 88 por ação, os bancos que coordenaram a operação tiveram que reduzir sua comissão. As informações são da edição de domingo da Coluna do Broad, do jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com a publicação, o grupo de bancos aceitou reduzir a comissão que seria de R$ 120 milhões para R$ 3,5 milhões, representando um desconto de 97%. A decisão em aceitar o corte surgiu após o valor unitário da ação no follow-on ficar abaixo de R$ 90, que era o desejado pela União e pelo BB. Coordenaram a oferta BB Investimentos, Bank of America Merrill Lynch (BofA), Bradesco BBI, Citi, Itaú BBA, UBS e Caixa, que vão receber, cada um, R$ 500 mil.

Ainda segundo a Coluna, até o dia que foi realizada a precificação, havia a percepção que as ofertas apresentadas seriam suficientes para conseguir manter o patamar acima de R$ 90, que era considerado o mínimo aceito para que o negócio fosse realizado. No entanto, ao final do dia, duas ordens foram retiradas por um dos bancos, fazendo com que o valor caísse para R$ 88. Assim, as instituições aceitaram dividir o prejuízo de uma comissão menor.

A operação contou com a forte presença de investidores estrangeiros, responsáveis por 71% dos papéis vendidos. Entre os compradores estão o americano Lazard, o fundo soberano de Cingapura (GIC), o britânico Schroders (LON:SDR), a Previ (fundo de pensão do BB) e a XP. Segundo o Estadão, 60 investidores participantes na oferta.