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Comissão Europeia acusa X de disseminar notícias falsas sobre a guerra em Israel

Carta da Comissão diz que a organização pode abrir uma investigação contra a plataforma e, com isso, "penalidades serão impostas"

- Getty Images
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A Comissão Europeia acusou, na última terça-feira (10), o X (ex-Twitter), de disseminação de informações falsas e mentiras sobre a guerra entre Hamas e Israel. 

A Comissão exige uma resposta em até 24 horas de Elon Musk, que se tornou dono da plataforma no ano passado. Inicialmente, Musk negou as acusações.

"Após os ataques terroristas do Hamas contra Israel, nós temos indicações de que a plataforma está sendo utilizada para disseminar conteúdos ilegais e desinformação na União Europeia", afirma o documento.

Caso não haja posicionamento do bilionário, a carta da Comissão diz que a organização pode abrir uma investigação contra o X e, com isso, "penalidades serão impostas" sobre o Digital Markets Act (Lei dos Mercados Digitais, peça regulatória de plataformas na internet e que entrou em vigor no bloco europeu neste ano).

A escrita foi publicada no X e assinada pelo comissário Thierry Breton, que se direciona a Musk: "Portanto, eu convido você a urgentemente garantir que seus sistemas são efetivos e reportar à minha equipe as medidas tomadas".

Cerca de uma hora e meia depois, o empresário, também no X, respondeu: "Nossa política é que tudo seja de código aberto e transparente, uma abordagem que eu sei que a UE apoia. Por favor, liste as violações às quais você se refere em X, para que o público possa vê-las. Merci beaucoup".

Breton, pouco depois, treplicou: "Vu, merci. Você está bem ciente das denúncias de seus usuários – e das autoridades – sobre conteúdo falso e glorificação da violência. Cabe a você demonstrar que está cumprindo o que diz. Minha equipe continua à sua disposição para garantir a conformidade com o DSA, que a UE continuará a aplicar com rigor."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.