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Compra de ações nos EUA pode ficar mais fácil com XP na Nasdaq

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A XP Investimentos protocolou na última sexta (15) o pedido de registro para realizar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Securities and Exchange Commission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais americano).

As ações da companhia deverão ser precificadas na segunda semana de dezembro, com expectativa para o dia 12. A oferta será realizada na Nasdaq, bolsa americana conhecida por abrigar empresas de tecnologia.

O prospecto preliminar da oferta ainda não traz detalhes sobre a operação, tal como volume a ser vendido ou faixa indicativa de preço, mas mostra que a oferta será primária, com a venda de novas ações que injetará recursos no caixa da companhia; e secundária, com a venda de ações existentes.

A XP aponta que suas ações serão divididas em duas classes, sendo que os detentores das ações da “classe B” terão 10 vezes mais votos do que os que tiverem as ações “classe A”. Essa estrutura é denominada no mercado como uma ação “super ordinária” e tem sido utilizada nos IPOs de empresas de tecnologia. Esse modelo, contudo, não é permitido pela legislação brasileira. Assim, no IPO serão vendidas apenas as ações da “classe A”.

E Eu Com Isso?

Poucos sabem, mas é possível abrir uma conta numa corretora americana e comprar ações diretamente nos EUA. O IPO da XP pode ser uma bela oportunidade de investimento e continuaremos de olho.

A XP informa que possui 1,5 milhão de clientes ativos, por meio de suas três marcas, a própria XP, Rico e Clear. Ao todo são 350 bilhões de reais sob custódia, receita de 3,7 bilhões e lucro líquido de 699 milhões de janeiro a setembro.

A oferta será primária e secundária. Ou seja, parte dos recursos levantados irá para o caixa da XP e parte para os acionistas vendedores. Os sócios controladores da XP, e os fundos de private equity General Atlantic e Dynamo venderão suas ações. Itaú Unibanco, sócio minoritário, como esperado, não venderá.

Com os recursos da oferta primária, o prospecto aponta que o objetivo é o lançamento de novos serviços, como banco digital, pagamentos e seguros. Além disso, os recursos poderão financiar potenciais aquisições e acelerar a busca de novos clientes.

Em 2017, a XP chegou a fazer o pedido para abrir o capital na bolsa brasileira, mas os planos foram interrompidos com a proposta de compra de 49 por cento pelo Itaú.