As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) poderão ser responsáveis por parte dos 2.500 MW de energia prevista para ser gerada no Centro-Oeste, no âmbito das condições para privatização da Eletrobras, com a contratação realizada em 2023.
A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (6) o substitutivo do relator, deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), para o Projeto de Lei 2703/22 do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP), que prorroga por mais seis meses o prazo final para a instalação de microgeradores e minigeradores de energia fotovoltaica com isenção de taxas pelo uso da rede de distribuição para jogar a energia elétrica na rede.
Essa isenção vai até 2045. A proposta ainda deve passar pelo Senado para depois ser sancionada pelo presidente da República.
A proposta converte 1.500 MW de térmicas do Centro Oeste em PCHs de até 30 MW.
Esses novos projetos, além de não pagarem pelo uso do fio, ficariam isentos dos demais subsídios previstos para o segmento de GD, que em parte hoje são pagos por esse tipo de empreendimento.
A Abrapch (Associação Brasileira de PCHs e CGhs) comemora aprovação do substitutivo na Câmara Federal e acredita que a inclusão das PCH resulta, na verdade, em uma economia de 21,0% ou de R$13 bilhões ao país, se comparada com a energia gerada por termelétricas.
"Se analisarmos os preços médios praticados nos últimos leilões de energia, onde o preço teto do leilão de energia nova (A-5) para PCHs foi de R$ 352/MWh, enquanto os preços-tetos dos leilões de térmicas da Eletrobras foram de R$ 444/MWh, teremos uma economia de mais de R$ 13 bilhões", afirmou a presidente da entidade, Alessandra Torres de Carvalho.