A Copel (CPLE6) apresentou, na última quarta-feira (22), seu plano estratégico para os próximos três anos no qual se compromete a fazer a “lição de casa” saneando custos, com investimentos robustos em distribuição e preparação para oportunidades de mercado neste período, seja via leilão de reserva de capacidade, seja diante de um cenário de preços mais atrativos em energia, a partir de 2026.
No plano é previsto uma economia de pouco mais de R$ 500 milhões nos próximos três anos, resultado da otimização na frente de Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras despesas (PMSO), que responderá pela redução entre R$ 460 milhões e R$ 480 milhões, além da gestão de contingências que poderá resultar na economia de até R$ 70 milhões no período.
De acordo com o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da holding, Adriano Rudek de Moura, o trabalho com PMSO foi o primeiro a ser entregue pela diretoria pós-privatização e teve como primeiro “grande produto” o Programa de Demissão Voluntária (PDV), que deve reduzir R$ 428 milhões em custos anuais, apesar do dispêndio inicial de R$ 610 milhões.
Outra frente de redução de custos é a alienação de ativos que vão deste a única termelétrica movida a carvão (Figueira) da companhia, cuja devolução da concessão já foi pedida ao Ministério de Minas e Energia (MME) até Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) com capacidade inferior a 10 megawatts (MW), além de imóveis próprios.
Além disso, a empresa reforçou o avanço de operações de venda já em andamento como a da Compagas, em linha com a estratégia de foco em atividades relacionadas, especificamente, a energia elétrica, e da usina termelétrica (UTE) Araucária, cujo desfecho é esperado para março do próximo ano e visa a descarbonização do portfólio.
Apesar disso, o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, afirmou que a iniciativa é apenas uma primeira fase do ciclo pós-privatização da companhia e destacou a “agenda muito mais abrangente da companhia”, cujo crescimento se dará, segundo o executivo, pela execução “impecável” do plano estratégico e sem “cavalos de pau”.