O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central (BC), decidiu nesta quarta-feira (5) elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75%, para 3,5% ao ano. A decisão foi unânime.
Com a decisão de hoje, o comitê mantém a tendência de alta da Selic, iniciada na reunião passada, quando eles decidiram elevar a taxa de 2% para 2,75% ao ano. Esse havia sido o primeiro aumento da Selic desde 2015.
Nas observações do documento divulgado pelo BC, que descreve o novo cenário para a Selic, o comitê disse que os indicadores recentes da economia brasileira mostram uma evolução mais positiva, mas que o prospecto ainda continua incerto. Contudo, o Copom afirma que "aos poucos deve ir retornando à normalidade".
O comunicado também sinalizou que fará outro aumento de 0,75% na próxima reunião, que será realizada em 45 dias.
"Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude. O Copom ressalta que essa visão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação", disseram.
Quando o Copom decide pela elevação da taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida: os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Porém, é importante lembrar que os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.