O mercado aguarda o fim da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) nesta quarta-feira (2).
As instituições financeiras esperam que a taxa Selic (juros básicos da economia) seja elevada para 10,75% ao ano, e assim atinja os dois dígitos pela primeira vez em cinco anos.
Os membros do Copom sinalizaram, na ata da última reunião, que devem manter a elevação da Selic no mesmo patamar de 1,5 ponto percentual, com política monetária contracionista diante da piora dos índices de preços. Desde setembro, os juros básicos têm sido elevados nesse ritmo.
De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.
Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março do ano passado, tendo aumentado 7,25 pontos percentuais até agora.
Juros mais altos no Brasil ajudam o país a impedir a migração de capitais para economias avançadas. No mercado externo, o dia foi mais uma vez tranquilo.
Apesar de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) confirmar que aumentará os juros básicos nos Estados Unidos a partir de março, parte dos investidores entende que o efeito do aperto monetário está precificado (incorporado aos preços) para ativos de países emergentes.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.
No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
Com informações de Agência Brasil.