Por Gabriel Codas
Investing.com – Na parte da tarde desta segunda-feira na bolsa paulista, em jornada com todos os papéis do mercado local sendo negociados em queda, os ativos da Cosan (SA:CSAN3) seguem pelo mesmo caminho, apesar de perdas abaixo do Ibovespa.
Mais cedo, a empresa e Raízen, joint-venture da qual a Cosan faz parte, anunciaram inserção em novos mercados. A Cosan divulgou que vai criar uma empresa para atuar em gasoduto e buscar oportunidades em termelétricas. Já a Raízen informou que deverá participar da logística e comercialização em etanol de milho, cuja produção tem sido crescente no país, mas a companhia não deverá ser uma produtora, afirmou nesta segunda-feira Ricardo Mussa, que será o novo presidente da companhia.
Com isso, por volta das 15h50, as perdas eram de 8,43% a R$ 63,51.
Compass Gás e Energia
O grupo de infraestrutura Cosan anunciou nesta segunda-feira o lançamento de uma nova empresa, a Compass Gás e Energia, que concentrará os negócios existentes da companhia em gás, incluindo a distribuidora Comgás.
A Compass ainda buscará oportunidades de expansão tanto com projetos de gasodutos de escoamento quanto com empreendimentos de geração de energia, segundo comunicado da empresa nesta segunda-feira.
“Na área de geração, o foco será buscar oportunidades de participação em projetos termelétricos a gás natural, com parceiros estratégicos”, afirmou a Cosan.
O anúncio da nova empresa ocorre após a Cosan ter informado em dezembro a aquisição da comercializadora de energia Compass, por 95 milhões de reais.
Raízen busca oportunidade em milho e etanol
Durante apresentação em reunião de investidores da Cosan, que é uma das donas da Raízen, juntamente com a Shell, Mussa afirmou que há questões, como investimento e descasamento de preços entre milho e etanol, que limitam o interesse da empresa no mercado do etanol do cereal.
“Não vejo grandes vantagens para a Raízen estar verticalizada no etanol de milho, mas vamos participar na logística e trading”, declarou.
O setor de etanol de milho tem avançado no Brasil e atraído interesse de grandes empresas como a chinesa Cofco, a “trading” de grãos Amaggi e a Raízen, conforme publicado pela Reuters com informações de fontes em meados de dezembro.
No final do ano passado, o país possuía oito usinas que convertem milho no biocombustível, além de outras seis em construção e pelo menos sete em fase de design.
Com Reuters