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Cosan (CSAN3) possui mais planos para a Vale (VALE3). Seria arriscado demais investir nos papéis?

Empresa informou que pretende aumentar sua participação acima do percentual já adquirido (4,90%) e que vai solicitar imediatamente a aprovação do CADE

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A Cosan anunciou, na sexta-feira (7) que adquiriu 4,90% de participação do total de ações ordinárias de emissão da Vale (VALE3) por meio de subsidiária e combinação de investimentos diretos (1,5%) e estruturas de derivativos (3,4%).

No valor de mercado da mineradora, de US$ 67 bilhões, a transação implica em um montante de US$ 3,3 bilhões – aproximadamente 51,0% do valor de mercado da Cosan, para referência.

A empresa também informou que pretende aumentar sua participação acima desse percentual já adquirido e que vai solicitar imediatamente a aprovação do CADE.

Até a decisão do órgão regulador, a empresa afirmou que vai estar exposta a uma posição adicional e exclusivamente financeira de 1,6% do patrimônio líquido da Vale por meio de operação de derivativos. A partir daí, a Cosan poderá ter até 6,5% do patrimônio da Vale após a aprovação do órgão antitruste.

Goldman Sachs mantém rating neutro para as ações CSAN3, com preço-alvo de R$ 23,40 em doze meses.

A recomendação se baseia em uma metodologia de soma das partes com base em 2023E EV/EBITDA, que inclui o valor de mercado da participação da Cosan na Raizen (RAIZ4).

Entre os principais riscos para a tese, estão destacados os níveis de atividade econômica mais altos/abaixo do esperado, maiores preços do Brent, mudanças maiores do que o esperado na produção, risco cambial, intervenção do governo no preço da gasolina e do diesel.