Em torno de R$ 600 mi

CPI pede que PGR suspenda contratos do governo garantidos pelo FIB Bank

Membros da comissão solicitaram também que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria nos contratos firmados

CPI da Covid - Randolfe, Aziz e Renan - Marcelo Camargo/Agência Brasil
CPI da Covid - Randolfe, Aziz e Renan - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Ricardo Brito, da Reuters – A CPI da Covid aprovou nesta terça-feira um requerimento para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) determine ao governo federal a suspensão de todos os contratos que usem o FIB Bank como instituição garantidora, e também que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria nesses contratos.

Durante a reunião da CPI, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que o FIB Bank emitiu garantias a órgãos federais no valor de 600 milhões de reais.

A comissão toma o depoimento nesta terça do advogado Marcos Tolentino, suspeito de ser sócio oculto do FIB Bank, empresa que emitiu de forma suspeita uma carta-fiança que foi dada como garantia pela Precisa Medicamentos nas negociações da vacina indiana contra coronavírus Covaxin.

"O governo federal, mesmo avisado pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal, aceita uma carta bancária que não era bancária, uma carta fidejussória, de um banco que não é banco, cujos sócios estão sendo questionados aqui, num valor que ela não tem condições depois de honrar", disse Simone Tebet.

Tolentino nega ser sócio oculto da empresa. Após suspeitas de irregularidades, o governo cancelou o contrato de compra da Covaxin que previa a compra de 20 milhões de doses ao custo de 1,6 bilhão de reais.