Nesta segunda-feira (7), Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) manifestou, em nota divulgada pela entidade à imprensa, preocupação com o "avanço da crise hídrica e as incertezas quanto ao aumento na conta de energia" que – continua o executivo – "acenderam novo alerta para os agropecuaristas paulistas".
Meirelles ressalta que o setor foi responsável por um volume bruto de produção de R$ 1,7 trilhão no ano de 2020. "O agronegócio oferece relevante sustentação ao PIB e à balança comercial e garante o abastecimento da população sem interrupções, mesmo com tantos desafios, como a instabilidade de clima e aumento do custo da energia", diz a nota.
A preocupação com a crise hídrica faz redobrar a atenção com o uso de água e sua distribuição no campo, para que o abastecimento não seja interrompido ou fique refém das altas taxas de energia.
"Os reajustes batem na cadeia produtiva e se estendem ao consumidor, que é quem compra carne no açougue e o arroz e feijão no mercado e fica com a conta final. A crise hídrica deve ser observada com atenção pelas autoridades e medidas deverão ser tomadas, como a revisão das altas taxas de energia, por exemplo, para não causar o encarecimento dos alimentos", explica Meirelles.
Para driblar os desafios, o executivo diz que o setor está se modernizando, "discutindo métodos de irrigação e ampliando a utilização de energia fotovoltaica" e reitera que os produtores defendem "o uso consciente e responsável da água e energia justamente para otimizar as operações agrícolas e melhor aproveitar cada cultura".
"As autoridades precisam estar atentas e oferecer apoio para amenizar o impacto da seca, a falta de chuva que, somados à crise energética, poderão atrasar a próxima safra", finaliza Meirelles.
Com informações de Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação.