Especial

CrowdStrike e Microsoft: falha cibernética global afeta bancos, mídia e voos em todo o mundo — o que se sabe até agora

No Brasil, o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú (ITUB4) disseram que seus canais digitais não foram afetados por apagão cibernético

- Tânia Rego/Agência Brasil
- Tânia Rego/Agência Brasil

Governos em todo o mundo e o CEO da empresa Crowdstrike confirmaram que a pane global ocorrida nesta sexta-feira (19) foi provocada por uma “atualização defeituosa” do software de cibersegurança conhecido como CrowdStrike Falcon.

Segundo a empresa, o problema já foi identificado e o processo de correção está em andamento.

O incidente afetou uma ampla gama de sistemas ao redor do globo.

Nos Estados Unidos e outros países, houve interrupções nos sistemas de controle de voo, enquanto no Reino Unido ocorreram falhas nas transmissões televisivas e, na Austrália, problemas afetaram as telecomunicações, entre outros contratempos.

No Brasil, o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú (ITUB4) disseram que seus canais digitais não foram afetados por apagão cibernético. O Banco Central (BC) confirmou a normalidade de seus sistemas.

Mesma sorte não reportou o Bradesco (BBDC4). O banco confirmou ter sido atingido pela falha cibernética. Usuários de Banco Pan (BPAN4), Neon e Next relataram instabilidade.

Mais de mil voos foram cancelados mundialmente devido à falha, informou a britânica BBC. No Brasil, a Azul (AZUL4) avisou sobre possíveis atrasos em voos devido à falha cibernética global.

O porta-voz do Ministério do Interior da Alemanha, Mehmet Ata, esclareceu durante uma coletiva de imprensa que o fabricante do software afetado já propôs uma solução alternativa para os usuários impactados.

Ele destacou que não existe indicação de um ataque cibernético por trás do incidente.

George Kurz, CEO da Crowdstrike, explicou que o problema foi causado por um defeito na atualização de conteúdo da plataforma Falcon e não por um ataque direcionado.

A Microsoft, por sua vez, divulgou que toma medidas de mitigação em resposta aos problemas de prestação de serviços, embora não tenha ficado claro se isso estava diretamente ligado às interrupções globais.

Grandes companhias aéreas nos EUA, como Delta, United e American Airlines, suspenderam seus voos devido a problemas de comunicação, enquanto aeroportos em todo o mundo, como em Berlim Brandenburg na Alemanha e na Espanha, enfrentaram interrupções significativas nos sistemas de TI.

A situação também afetou o aeroporto de Hong Kong e causou alertas sobre possíveis cancelamentos de trens no Reino Unido, além de longas filas no aeroporto de Sydney, na Austrália.

Mais cedo, as ações de CrowdStrike e da Microsoft caíam significativamente no pré-mercado.

Por fim, a B3 informou que nenhum de seus serviços e plataformas de operação foi afetado pela falha técnica que atingiu diversos setores globalmente. E declarou que seus sistemas continuam em operação e aptos para pleno funcionamento do mercado.