Por Gabriel Codas, da Investing.com – As ações da CSN (SA:CSNA3) operam com forte valorização nesta segunda-feira, depois de a empresa comunicar que seu conselho de administração aprovou na última sexta-feira novo plano de negócios da controlada CSN Mineração (CMIN), tendo em vista projetos de expansão para exploração completa do potencial de suas reservas e recursos.
Por volta das 11h20, os ativos da siderúrgica saltavam 2,01% a R$ 16,73. Os papéis da CSN estavam na vice-liderança dos ganhos do Ibovespa, em dia marcado pela aversão ao risco. O principal índice acionário brasileiro recuava 2,01% a 96.313 pontos.
“Nesse sentido, a companhia autorizou seus diretores a tomarem as medidas necessárias para a realização de oferta pública inicial de ações de emissão da CMIN, com o objetivo de financiar parte do plano de negócios da CMIN, além de criar valor para seus acionistas”, afirmou em fato relevante.
No final de agosto, Coluna do Broadcast, do Estadão, informou que a CSN estudava o IPO como parte da estratégia para reduzir o endividamento, visando movimentar R$ 10 bilhões com a operação.
A vendas de ativos é a forma que o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, tem defendido como forma de redução da dívida, com os IPOs sendo um dos caminhos para isso. A área de mineração congrega suas participações em ativos de logística, sua fatia de 60% na Namisa e Casa de Pedra. Para essa oferta estão contratados o Bank of America, BTG Pactual (SA:BPAC11), Bradesco BBI, Morgan Stanley (NYSE:MS) e XP.
De acordo com a publicação, a CSN também deve fazer o IPO da unidade de cimentos, seguindo o bom momento do mercado com juros baixos e alta liquidez, o que tem impulsionado o mercado de renda variável. O segmento de cimentos teve uma receita líquida de R$ 172 milhões no segundo trimestre, aumento de 18% frente ao trimestre anterior. A empresa já começou a contratação dos bancos para estruturarem a operação.
A coluna informou também que, devido ao endividamento a CSN segue com a negociação com seus principais bancos credores. Com Caixa e Banco do Brasil (SA:BBAS3) já alongou R$ 1,7 bilhão, e estava negociando com os privados. Depois disso, a empresa informou ao mercado que se debruçaria sobre os vencimentos de 2021, quando vencem R$ 3,9 bilhões e os de 2022, ano que a empresa precisa pagar mais R$ 5,3 bilhões.
Projeções
A CSN também divulgou nesta segunda-feira atualização de suas projeções, incluindo estimativa de atingir alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 2,99 vezes no fechamento do balanço anual de 2020.
Na mesma teleconferência no final de julho, executivos previram que a relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado, de 5,17 vezes no segundo trimestre, iria cair para abaixo de 3,75 vezes até o fim de 2020, recuando a 3 vezes no fim do próximo ano.
A companhia também prevê atingir lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de aproximadamente 9,75 bilhões de reais para 2020 e calcula investimentos (capex) de aproximadamente 1,50 bilhão de reais neste ano.
(Com Reuters)