Por Gabriel Codas, da Investing.com – Nesta quinta-feira, depois do fechamento dos mercados, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN (SA:CSNA3)) irá divulgar os números do terceiro trimestre do ano, sendo a primeira das empresas de maior relevância a apresentar o balanço do período. A expectativa do mercado é positiva, tendo em vista o cenário de recuperação econômica.
O otimismo com o resultado puxa a valorização das ações da CSN, se destacando na ponta positiva do Ibovespa nesta tarde. Ao final do pregão, a alta foi de 5,71% a R$ 19,45.
O consenso dos analistas aponta um lucro líquido por ação de R$ 1,29, sendo que um ano antes da CSN registrou perdas de R$ 0,72, pior do que os R$ 0,70 negativos que eram esperados na época. Já no segundo trimestre de 2020, o resultado foi de R$ 0,31, diante de R$ 0,34 de estimativa.
No caso das receitas, a mediana das projeções dos analistas aponta para R$ 7,83 bilhões, contra os R$ 6,01 bilhões apurados no terceiro trimestre de 2019. No caso do trimestre passado, as entradas no caixa da companhia chegaram a R$ 6,22 bilhões.
O banco Safra espera que a CSN registre bons resultados no 3T20, sustentados por preços e volumes mais altos em suas divisões de mineração e siderurgia. Os analistas estimam receita líquida trimestral de R$7,9 bilhões (+ 27% t/t), EBITDA ajustado de R$3,0 bilhões (+ 55% t/t) e lucro líquido de R$1,5 bilhão (vs. R$446 milhões no 2T20).
O banco segue otimista com a CSN, uma vez que a empresa deve continuar a se beneficiar de um mercado de minério de ferro resiliente e um ambiente doméstico favorável para o aço, com volumes em expansão e melhores preços. Melhores resultados também devem apoiar uma redução na alavancagem.
Mais um trimestre positivo para a mineração. Esperamos que os preços realizados do minério de ferro sejam 17% mais altos no trimestre, refletindo os preços de referência mais altos, enquanto os embarques devem crescer 14% no trimestre, para 8,8Mt em um trimestre sazonalmente forte.
Os volumes de aço devem crescer 10% no trimestre como resultado de uma expansão sequencial saudável de 15% das vendas domésticas, enquanto os volumes externos devem permanecer estáveis. A equipe prevê que os preços sejam 5% superiores aos do 2T20 refletindo parcialmente os aumentos que foram implementados a partir de julho.