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Dasa (DASA3): ações reagem negativamente à fusão com Amil, mas analistas veem potencial valorização

Tanto o Itaú BBA quanto a XP Investimentos elevaram o preço-alvo projetado para os papéis, mas divergiram na recomendação; confira

Dasa (DASA3): ações reagem negativamente à fusão com Amil, mas analistas veem potencial valorização

Após uma série de altas na semana passada, com o anúncio de uma fusão com a Amil, as ações da Dasa (DASA3) despencam nesta segunda-feira (17). Por volta das 12:13, os papéis recuavam 7,58% a R$ 3,90.

A nova joint venture (JV) hospitalar fruto da união terá 25 hospitais, totalizando 4,4 mil leitos, e será controlada conjuntamente pelas duas partes, com participação igual de 50% cada.

A JV será governada por um conselho de nove membros e terá Lício Cintra como CEO e Dulce Pugliesi como presidente do conselho.

Apesar das ações DASA3 reagirem mal, a XP Investimentos vê o acordo como um movimento importante para a empresa se aproximar de um pagador relevante em um momento em que surgem várias parcerias em todo o setor hospitalar.

"Vemos o acordo como crucial para a DASA reduzir a alavancagem e se tornar um parceiro mais próximo de um grande pagador. No entanto, acreditamos que a empresa precisará de esforços adicionais para reduzir a alavancagem para um nível mais saudável", comentou a casa.

Como parte do acordo, a companhia transferirá R$ 3,85 bilhões em dívidas para a nova empresa, reduzindo sua taxa de alavancagem para 3,6x (2,9x para efeitos de covenants).

"A expectativa é que essa operação alivie significativamente o endividamento da DASA, que no primeiro trimestre de 2024 tinha R$ 9,5 bilhões em dívidas e uma alavancagem de 4,3x (3,6x para efeitos de covenants). Além disso, os executivos da DASA não descartaram futuros desinvestimentos de outros ativos, como as operações segregadas antes do acordo" destaca a XP.

Os executivos da Dasa também mencionaram a possibilidade de listar a nova empresa, o que poderia ser usado como um meio adicional para reduzir a alavancagem da companhia.

A fusão com a Amil também foi vista com bons olhos pelo Itaú BBA, por trazer melhores condições aos futuros balanços da Dasa, posicionando a empresa como o segundo maior player da indústria, abaixo apenas da Rede D’Or (RDOR3).

O banco mantém a recomendação neutra para o papel e preço-alvo de R$ 8,00. Já a XP Investimentos faz recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 20,8 por papel, uma valorização de 353,2% quanto ao valor atual.