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Destaques: impasses entre EUA e China paralisam mercado mundial

Investing.com – A tranquilidade diminui nos mercados globais enquanto os EUA celebram o Dia de Ação de Graças. Os mercados asiático e europeu tremem depois que o presidente Donald Trump assina a lei que apóia o movimento pró-democracia de Hong Kong, temendo que esta decisão adiará ainda mais a definição significativa das negociações.

Em outros lugares, os conservadores britânicos aguardam uma vitória retumbante nas eleições gerais de dezembro, e a economia da Zona do Euro parece cada vez mais estar se recuperando.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros nesta quinta-feira, 28 de novembro.

1. Trump assina projeto de lei de Hong Kong

O presidente norte-americano Donald Trump assinou a Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong, colocando efetivamente o tratamento da China aos protestos pró-democracia no coração da política comercial dos EUA em relação ao país asiático. Trump também assinou uma ordem proibindo a exportação para a China de munições de controle de multidões, como gás lacrimogêneo.

A medida ameaça complicar ainda mais as negociações comerciais, dada a sensibilidade de Pequim ao que considera uma violação de sua soberania. No entanto, isso ocorre depois de uma semana que mostrou a economia dos EUA suportando a pressão da guerra comercial melhor do que a China.

Embora Pequim tenha repetido sua condenação do projeto de lei e ameaçado contramedidas, até o momento não tomou nenhuma ação.

2. Ações mundiais empacam com medo de novo atraso no acordo comercial

Os mercados de ações globais recuavam depois de ver outro obstáculo levantado para o acordo de ‘fase 1’ muitas vezes prometido, mas nunca entregue, sobre as negociações entre os EUA e China.

O Euro Stoxx 600 havia fechado na quarta-feira a 1% de sua primeira máxima histórica em quatro anos e meio, mas caía 0,2% nas abertura de hoje e estava à deriva a partir daí. O índice Shanghai Composite caía 0,5%.

Às 8h (horário de Brasília), os futuros da Dow caíam 83 pontos ou 0,3%, enquanto os do S&P 500 caíam 0,2% e os da Nasdaq 100 caíam 0,3%. No entanto, todos os mercados de ações e títulos em dinheiro nos EUA estarão fechados devido ao Dia de Ação de Graças.

3. Libra sobe com conservadores se aproximando da vitória no Reino Unido

Os ativos focados no Reino Unido recuperaram após a muito esperada pesquisa de opinião da YouGov, mostrando o Partido Conservador a caminho de sua maior vitória nas eleições em mais de 30 anos.

A pesquisa do YouGov previa uma maioria conservadora de 68 cadeiras no novo parlamento. Isso é grande o suficiente não apenas para garantir a aprovação do Projeto de Lei de Retirada da UE do primeiro-ministro Boris Johnson, mas também o bastante para ele enfrentar os Brexiteers, que deverão pressionar por uma ruptura completa com os padrões e regulamentos da UE à medida que o Reino Unido negocia seus futuros acordos comerciais.

A libra atingiu uma máxima de seis meses em relação ao euro após noticiário, mas não conseguiu atingir novas altas em relação ao dólar, onde permanece firmemente limitada a menos de US$ 1,30. O FTSE 100 caía 0,4%, mas o FTSE 250, mais voltado para o mercado interno, aumentava 0,2%, enquanto o rendimento do Gilt em 10 anos caía três pontos-base para 0,63% antes de subir um pouco.

4. Suprema Corte indiana agita setor de telecomunicações

Um dos maiores mercados de telecomunicações do mundo entrou em turbulência quando a Suprema Corte da Índia decidiu que as principais operadoras de rede móvel do país devem pagar ao governo um adicional de US$ 13 bilhões em taxas relacionadas à rede.

A decisão ameaça a viabilidade das três maiores opradoras do país – Bharti Airtel, Vodafone (LON:VOD) Idea e a Vodafone no Reino Unido caiu mais de 3% após esse comunicado.

O governo do primeiro-ministro Narendra Modi sinalizou que pode oferecer as operadoras uma ajuda, possivelmente na forma de adiar o pagamento por novos direitos de espectro de telefonia. Os analistas veem isso como uma alternativa mais razoável à perda de competitividade que se seguiria ao colapso da Bharti e da Idea.

5. Zona do Euro perto da recuperação

Houve novos sinais de que a queda na economia da Zona do Euro está acabando, já que o índice de sentimento econômico da Comissão Europeia, que inclui negócios e a percepção dos consumidores, subiu mais do que o esperado para 101,3 em novembro.

Além disso, o Banco Central Europeu disse que o crescimento monetário do M1, um dos indicadores líderes mais confiáveis ​​da economia, aumentou para uma taxa anual de 8,4% em outubro, ante 7,9% em setembro.

Os dados preliminares da inflação ao consumidor na Alemanha em novembro evitaram surpresas negativas, embora o mesmo não possa ser dito para os preços ao produtor da Itália, que caíram no ritmo mais acelerado em três anos em outubro.