Por Gabriel Codas
Investing.com – A Distribuidora de Medicamentos Dimed anunciou nesta segunda-feira que engajou Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA para coordenar uma possível oferta de ações.
Por volta das 14h30, os ativos PNVL4 tinham ganhos de 3,48% a R$ 23,80.
Em fato relevante, a companhia com sede em Eldorado do Sul (RS) afirmou que ainda “não definiu e nem aprovou a efetiva realização da potencial oferta”, que seria feita com esforços restritos de colocação.
O grupo é formado pela rede de farmácias Panvel), pela distribuidora de medicamentos Dimed e pelo laboratório farmacêutico Lifar.
O site Brazil Journal afirmou na véspera que a companhia ainda está definindo a forma que será feita a operação, mas deve ser majoritariamente por meio de oferta primária com os recursos sendo destinados para o financiamento do plano de crescimento. No começo de 2020, os planos da rede era a abertura de 500 lojas até 2024, sendo a maior parte no Sul. A estratégia é para barrar o avanço dos concorrentes na região.
O site disse ainda que o tamanho da tranche secundária será calibrado para criar uma oferta com tamanho suficiente para atrair o mercado.
Atualmente 30% do capital da companhia está em free float, mas está dividido em duas classes, fazendo com que a liquidez não reflita o valor real da companhia, que negocia a 30x o lucro esperado para 2021, enquanto a Raia Drogasi, por exemplo, negocia a 40x.
Assim, de acordo com a publicação, a maior parte da emissão será de ações ordinárias e somente 7,8% de PN. Preparando-se para a oferta, a Panvel vai unificar as duas classes, o que a permitirá aderir ao Novo Mercado.
Com a oferta, a maior liquidez e melhor governança tendem a levar a um aumento do múltiplo e à redução do desconto. No fechamento de sexta-feira, a Panvel valia cerca de R$ 3,4 bilhões na B3.
No ano passado, a Panvel faturou R$ 2,8 bilhões, teve EBITDA de R$ 232 milhões e lucro líquido de R$ 77 milhões, reportado pelo IFRS 16.